Harry vai ao funeral do avô, mas deixa Meghan nos EUA

O funeral do príncipe Filipe, que morreu na sexta-feira, está programado para o próximo sábado, dia 17 de Abril.

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A relação entre Harry e o avô era tida como próxima PHIL WALTER/GETTY IMAGES

O príncipe Harry chegou, no domingo, ao Reino Unido para marcar presença no funeral do avô, o príncipe Filipe, conforme tinha confirmado o Palácio de Buckingham, que adiantou que a mulher daquele, a ex-actriz Meghan Markle, não o acompanhará, uma vez que não terá tido autorização médica. A duquesa está grávida, com o casal a aguardar a chegada de uma menina no Verão, segundo indicou na polémica entrevista que deu a Oprah Winfrey e que foi transmitida em Março, quando o duque de Edimburgo se encontrava hospitalizado

O filho mais novo de Carlos e Diana chegou de avião a Heathrow, segundo avançou o tablóide The Sun, vindo de Los Angeles, e cumprirá os protocolos associados à covid-19 nas suas viagens para o Reino Unido e de regresso aos EUA, bem como durante a sua estada em terras britânicas. Nos próximos dias, o príncipe deverá cumprir uma rígida quarentena para poder estar presente no serviço de despedida ao duque de Edimburgo.

O príncipe Filipe morreu “pacificamente” na manhã de sexta-feira, dia 8 de Abril, aos 99 anos, tendo sido o “mais intrigante membro da família real”, como escreveu Moira Hodgson na última biografia do príncipe consorte, que, diz-se, levou uma vida dois passos atrás da rainha.

Harry e Meghan não divulgaram oficialmente uma declaração sobre a morte do marido de Isabel II, mas foram os primeiros familiares a reagir, ainda que indirectamente. A Fundação Archewell, que ambos fundaram, publicou no seu site um memorial ao duque de Edimburgo na página de entrada — “Em amorosa memória de Sua Alteza Real o Duque de Edimburgo 1921-2021. Obrigado por todo o seu serviço... A sua falta será sentida” —, bloqueando todos os restantes conteúdos.

Pelo Reino Unido, a conta oficial da família real no Twitter e noutras redes, assim como as dos duques da Cornualha, Carlos e Camilla, e de Cambridge, William e Kate, alteraram os ícones de perfil e as imagens de cabeçalho. No site oficial da realeza, foi disponibilizado um livro de condolências, do qual uma selecção de mensagens será transmitida aos membros da Família Real e guardada no Arquivo Real.

No sábado, o filho mais velho, Carlos, prestou uma declaração-homenagem em nome de toda a família: “Gostaria de dizer que o meu pai prestou, nos últimos 70 anos, o mais notável e dedicado serviço à rainha, à minha família e ao país, mas também a toda a Commonwealth”, começou por dizer. “Como podem imaginar, a minha família e eu sentimos imensas saudades do meu pai. Ele era uma figura muito amada e apreciada e, além de tudo o mais, posso imaginar, ele ficaria tão profundamente tocado pelo número de outras pessoas, aqui e noutros lugares do mundo e da Commonwealth, que também penso que partilham a nossa perda e o nosso pesar.”

Numa nota mais pessoal, o príncipe herdeiro concluiu com um agradecimento: “O meu querido papá era uma pessoa muito especial que, acima de tudo, teria ficado maravilhado com a reacção e as coisas comoventes que foram ditas sobre si. E, desse ponto de vista, nós, a minha família, estamos profundamente gratos. Vai ajudar-nos nesta perda particular e neste momento particularmente triste.”

Também os três outros filhos do duque, Ana, André e Eduardo, já se manifestaram sobre a morte do pai e sobre o “vazio” que este deixa. A princesa Ana, de 70 anos, lembrou o “legado” do príncipe Filipe, certa de que o mesmo irá “inspirar” outros; o duque de Iorque, André, de 61 anos, realçou, no domingo, a perda da rainha, considerando que a mesma tinha “deixado um enorme vazio na sua vida”; e, por fim, Eduardo, de 57 anos, conde de Wessex, que deverá suceder a Filipe no título de duque de Edimburgo, confessou o “terrível choque”. E justificou: “Por muito que estejamos preparados, continua a ser um terrível choque e ainda estamos a tentar assimilar o sucedido.”

Funeral em Windsor a 17 de Abril

Entretanto, os planos sobre as exéquias do príncipe Filipe foram postos em marcha, ao mesmo tempo que a rainha Isabel II entrou num período de luto de oito dias, em que a monarca, que completa 95 anos a 21 deste mês, se absterá de cumprir quaisquer deveres reais.

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EPA/ANDY RAIN

Após os oito dias, espera-se um novo momento de luto real: o país entrará num período de dez dias de luto, ao passo que a família real prolongará o mesmo por 30 dias.

O funeral do duque de Edimburgo — de cariz real, como aconteceu com a rainha-mãe, e não de Estado — será no sábado, 17 de Abril, às 15h, na Capela de São Jorge, em Windsor, e o serviço fúnebre, transmitido pela televisão, começará com um minuto de silêncio a nível nacional. O serviço será precedido por uma procissão cerimonial no interior dos terrenos do Castelo de Windsor.

Segundo comunicado oficial, os planos para o funeral estão de acordo com os desejos pessoais do próprio duque de Edimburgo, e a ocasião irá “reconhecer e celebrar a vida de Filipe e os seus mais de 70 anos de serviço à rainha, ao Reino Unido e à Commonwealth”.

O plano, explica o comunicado, foi aprovado pela rainha e reflecte os conselhos do Governo, sendo que o número de presentes não deverá ultrapassar os 30 devido às restrições impostas para combater a pandemia de covid-19. Para que esses lugares sejam reservados aos familiares mais próximos, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que não comparecerá ao funeral no sábado.

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