Chiara Ferragni escolhida para o conselho de administração da marca de luxo Tod’s

Acções da empresa de calçado subiram 5% após anúncio da decisão. A aposta é na conquista de consumidores mais jovens.

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Reuters/PIROSCHKA VAN DE WOUW

A marca de moda de luxo italiana Tod’s elegeu a bloguer e influencer Chiara Ferragni para o seu conselho de administração. Logo a seguir ao anúncio da decisão, as acções da empresa subiram mais de 5%. Esta escolha vem no seguimento de vários esforços por parte da marca para chegar à população jovem, numa tentativa de impulsionar o seu crescimento.

As gerações Z e Y, nascidas depois de 1995, representarão cerca de dois terços da procura total no sector dos bens de luxo em 2025, um forte aumento face aos cerca de 45% a que correspondiam em 2019, de acordo com as últimas estimativas da consultora Bain. Assim, como esclarece Diego Della Valle, fundador e principal accionista da Tod’s, “o conhecimento de Chiara sobre o mundo da juventude é precioso”.

A empreendedora digital italiana de 33 anos tem mais de 23 milhões de seguidores na sua conta de Instagram, onde partilha conselhos de moda e estilo, bem como sensibiliza para as questões sociais. “A entrada de Ferragni na direcção da Tod’s conduzirá a um aumento da visibilidade da marca, e os investidores esperam que ajude a impulsionar as vendas do grupo no desafiante mercado actual”, disse um comerciante sediado em Milão.

Em finais de 2017, a empresa italiana lançou uma nova estratégia para renovar as suas marcas e atrair consumidores mais jovens, mas a pandemia da covid-19 tem dificultado os seus esforços. As suas vendas caíram quase um terço em 2020 devido aos confinamentos e ao colapso do turismo, marcando o quinto ano consecutivo na queda das suas vendas anuais.

Ainda assim, a marca italiana parece optimista. “Estamos certos de que o conhecimento de Chiara sobre o mundo dos jovens, combinado com a experiência dos outros membros da direcção, pode construir pensamentos centrados na solidariedade para com os outros, com um forte enfoque nas gerações mais jovens, que, agora mais do que nunca, precisam de ser ouvidas”, ressalva o principal accionista.

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