Nome de Suzana Garcia aprovado pela direcção do PSD para a Amadora

José Silvano anunciará nesta quarta-feira, às 16h30, o nome de mais alguns candidatos do partido.

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Suzana Garcia,Suzana Garcia DR,DR

A comissão política nacional do PSD já aprovou a candidatura da advogada e ex-comentadora televisiva Suzana Garcia à Câmara Municipal da Amadora, numa reunião em que ainda não ficou fechado o processo em Oeiras. A decisão deverá ser anunciada nesta quarta-feira, pelas 16h30, numa conferência de imprensa em que José Silvano, secretário-geral do PSD, apresenta novos candidatos (faltam apenas 70 para os sociais-democratas completarem o processo no continente, uma vez que na Madeira e Açores as estruturas regionais têm autonomia).

O nome de Suzana Garcia, que tinha sido proposto pelas estruturas locais, foi homologado pela direcção alargada, numa reunião que começou na terça-feira à noite e terminou já hoje de madrugada, disseram à Lusa fontes sociais-democratas. No caso de Oeiras, a concelhia e a distrital de Lisboa já aprovaram o apoio ao movimento independente encabeçado por Isaltino Morais, mas a decisão ainda não foi homologada pela comissão política.

A candidata do PSD à Amadora, Suzana Garcia, é advogada e foi comentadora da TVI, onde manifestou posições polémicas como o apoio à castração química para pedófilos reincidentes, que tem sido defendida em Portugal pelo partido Chega.

O actual presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, foi militante do PSD até 2005, ano em que se desfiliou por o partido — então liderado por Marques Mendes  não ter apoiado a sua recandidatura à Câmara de Oeiras por ser arguido em processos de corrupção passiva, fraude fiscal, branqueamento de capitais e abuso de poder.

O autarca foi condenado a dois anos de prisão por fraude fiscal e branqueamento de capitais e acabou por cumprir cerca de um ano de prisão efectiva entre 2013 e 2014 e o resto da pena em liberdade condicional.

Nos últimos meses, e quando questionado sobre a possibilidade de o PSD vir a apoiar Isaltino Morais, o presidente do partido, Rui Rio, desvalorizou a questão dos antecedentes criminais, considerando que o autarca já tinha cumprido a sua pena. “Em Portugal, penso que não há prisão perpétua, foi condenado, cumpriu a pena, saiu, tem direito à vida”, referiu em Julho do ano passado, em entrevista à RTP.

Isaltino Morais rejeitou, em declarações ao PÚBLICO, em Fevereiro, a possibilidade de liderar uma candidatura pelo PSD e avançou que, se for de novo a votos, será pelo movimento apartidário pelo qual foi eleito. “Devo dizer que tenho recebido muitas mensagens, muitos telefonemas, muitas cartas para não me candidatar por nenhum partido e entendi que faria sentido ser candidato pelo meu movimento, porque a minha candidatura é transversal, isto é, vai da esquerda à direita. Tenho conhecimento real de que há pessoas do Bloco ao CDS que nas autárquicas têm votado na minha candidatura”, justificou.

“Seria redutor que a minha candidatura fosse por um partido. É um segundo mandato e, a candidatar-me, é como independente”, acrescentou o autarca de Oeiras, sem querer pré-anunciar a sua candidatura porque no dia em que o fizesse começaria a campanha eleitoral.

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