Covid-19 em Portugal: há mais duas mortes e 874 infecções, 275 referentes a segunda-feira

O número elevado de novas infecções justifica-se com um atraso de contabilização durante o fim-de-semana de Páscoa. Foram identificados 275 novos casos na segunda-feira. Estão internados 504 doentes, menos 32 do que no dia anterior, dos quais 113 estão em unidades de cuidados intensivos, mais um.

Registaram-se mais 874 infecções e duas mortes causadas pela covid-19, de acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS) publicado nesta terça-feira, relativo ao dia de segunda-feira. Os dados apresentados reflectem o atraso da integração de 599 notificações laboratoriais positivas que reportam ao fim-de-semana. Lisboa e Vale do Tejo é a região com mais casos novos e a única onde se registaram mortes nas últimas 24 horas.

menos 32 internamentos do que no dia anterior, mas mais um em unidades de cuidados intensivos. No total, há ainda 504 doentes hospitalizados, dos quais 113 estão em cuidados intensivos.

Desde o início da pandemia, em Março de 2020, o país soma 824.368 casos confirmados e 16.887 vítimas mortais. Há, também, mais 894 pessoas recuperadas nesta terça-feira, num total de 781.537.

São, então, 25.944 os casos activos em Portugal, menos 22 do que no dia anterior – este número é conseguido depois de subtraídos os óbitos e os recuperados ao número total de infecções. Há 14.842 contactos em vigilância pelas autoridades, menos 1086 do que no último balanço.

A maioria dos casos confirmados foi registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, com mais 317 infecções, e no Norte, com 273. Os restantes dividem-se entre o Centro (mais 140), o Alentejo (57) e o Algarve (18). A Região Autónoma dos Açores soma mais 37 casos e na Madeira foram detectados 32. 

As duas mortes registadas na segunda-feira ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo — uma das vítimas tinha mais de 80 anos e a outra tinha entre 70 e 79. Segundo o relatório da DGS, do total de óbitos registados, 8867 são homens e 8020 são mulheres, sendo que 11.127 tinham acima de 80 anos, o que corresponde a 65,8% do total.

Casos entre os mais novos a aumentar

Três semanas depois de se iniciar o desconfinamento, a 15 de Março, já surgem alguns efeitos da primeira fase — que ditou a reabertura das creches, jardins-de-infância e o regresso às aulas presenciais do 1.º ciclo. O investigador Carlos Antunes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, disse ao PÚBLICO que os casos nas faixas etárias dos 0 aos 5 e dos 6 aos 12 anos já estão a aumentar a um ritmo crescente. Embora não seja preocupante, é necessário actuar rapidamente para travar as cadeias de transmissão e evitar um recuo no desconfinamento, alertou.

Houve um grande crescimento da variante sul-africana (B.1.351) em Portugal, embora represente ainda um número pequeno de casos, diz o relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) na segunda-feira.

“A análise filogeográfica indica que esta variante foi introduzida várias vezes de forma independente em Portugal”, afirmam os cientistas, ressalvando que a variante não circula de forma muito frequente na comunidade.

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