Prego a fundo e sem travões: uma viagem pela (nova ciência da) adolescência

As principais ameaças para os adolescentes não são doenças, mas eles próprios. É crucial prevenir comportamentos para melhorar a saúde e bem-estar de uma parte significativa da população.

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A adolescência é um dos períodos mais ricos da vida, repleto de transformações que, porém, suscitam grande preocupação nas famílias. A visão tradicional, resumida na expressão “storm & stress”, de Stanley Hall (1904), é de um período de turbulência e conflito familiar: independentemente da qualidade das relações na infância, os pais deviam esperar que zanga, rebeldia, distância e oposição — consequências inevitáveis da puberdade — fossem normais nos seus filhos adolescentes, sendo a sua ausência sinal de alarme. Como se os jovens precisassem de se desligar dos pais para se tornarem adultos saudáveis e construírem a sua identidade. Mas esta não é a norma e verifica-se principalmente em famílias que experienciam dificuldades já desde a infância. A investigação científica demonstra, aliás, que a maioria dos adolescentes considera os pais uma das suas principais fontes de apoio e que as relações com eles são felizes, agradáveis e próximas, promovendo a sua autonomia e saúde mental.

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