Juiz suspenso desafia director nacional da PSP para combate de artes marciais

Suspenso de funções desde a semana passada, o juiz Rui Fonseca e Castro propôs ao director da PSP um combate corpo a corpo, para resolverem as questões entre ambos “como homens”.

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Magina da Silva José Sena Goulão/Lusa

Rui Fonseca e Castro, o juiz suspenso preventivamente pelo Conselho Superior de Magistratura, desafiou este domingo o director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Magina da Silva, para uma luta corpo a corpo. O repto para um combate de MMA — desporto de artes marciais mistas que conjuga elementos, por exemplo, do boxe ou da luta livre — foi lançado num vídeo publicado no Facebook. Contactada pelo PÚBLICO, fonte oficial da PSP diz não fazer comentários sobre o assunto. 

“É uma proposta para resolver isto como homens”, refere Rui Fonseca e Castro, que, além de dizer que Magina da Silva “parece uma menina a chorar”, ainda o caracteriza como “queixinhas”. Durante o vídeo, o juiz suspenso indica que no caso de derrota se ausenta das redes sociais e “deixa de ajudar”. 

Pelo contrário, se ganhar, Magina da Silva terá de ir à “televisão” admitir que é um “idiota, um fantoche, um pau mandado do Governo”, que só é director da PSP porque é “maçom”.

A PSP apresentou uma queixa-crime contra os organizadores da manifestação anticonfinamento — entre os quais está o movimento Juristas pela Verdade, liderado por Rui Fonseca e Castro — que reuniu 3000 pessoas no dia 20 de Março, em Lisboa. Em causa estão crimes como o atentado à saúde pública e instigação à violação das normas sanitárias, noticiou o Expresso e confirmou o PÚBLICO

O juiz, que também trabalhou alguns anos como advogado, publicou online minutas para quem estiver sem máscara ou não cumprir as regras do confinamento entregar à polícia. O magistrado viu ser-lhe instaurado um inquérito disciplinar pelo Conselho Superior da Magistratura, por violação do dever de reserva, tendo sido suspenso de funções na última semana. A suspensão preventiva pode ter um prazo máximo de 180 dias, mais 60 dias em situações excepcionais.

Para o juiz, o provável prolongamento do estado de emergência até Maio é mais um “ataque violento e sistemático” aos “direitos fundamentais” e promete não baixar os braços. “O senhor Presidente da República prepara-se para prolongar o estado de emergência até Maio. Isto não tem nada que ver com a pandemia. Isto tem que ver com um ataque sistemático e violento aos nossos mais elementares direitos fundamentais”, disse num vídeo que publicou no Facebook

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