Depois de três anos de obras, Castelo de Leiria reabre a visitas

“É um dos maiores investimentos na área da cultura e do património em Portugal”, anuncia-se. Terá dois acessos mecânicos e um novo anfiteatro, tendo sido introduzidas espécies vegetais autóctones.

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O Castelo de Leiria reabre ao público em Maio, depois de três anos de obras profundas, anunciou o presidente da Câmara Municipal, que considerou o monumento um trunfo para a retoma económica pós-pandemia.

Gonçalo Lopes apresentou hoje o resultado da maior campanha de obras em meio século, intervenção que, no interior das muralhas, ascende a 800 mil euros. Mas, no total, incluindo dois acessos mecânicos - no valor de 1,8 milhões de euros -, melhoria urbana da envolvente e reabilitação de outros espaços patrimonialmente relevantes a realizar no prazo de dois anos, ascenderá a “aproximadamente seis milhões de euros”.

“É um dos maiores investimentos na área da cultura e do património em Portugal, e numa área muito concentrada da nossa cidade, abrindo condições para captar mais visitantes e turistas no futuro”, disse o autarca.

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A obra teve preocupações de “valorização do património” e de “mudança de paradigma das visitas”, com aposta nas acessibilidades, mas também “no conforto para vivenciar o espaço em termos culturais e artísticos”.

A par da requalificação de escadas e do circuito de circulação, foi criado um anfiteatro em pedra e diversas zonas de descanso. Também ao nível da flora há alterações, com a retirada de algumas árvores que faziam perigar as estruturas, compensada pela introdução de espécies vegetais autóctones. Mais visível é a reabilitação de várias estruturas interiores do monumento, com destaque para a bilheteira, cisternas medievais e Igreja da Pena, que nunca, no tempo actual, alguém tinha visto com cobertura.

“É um investimento estratégico para a nossa visão sobre o futuro de Leiria e sobretudo na aposta da retoma económica que teremos de abraçar nos próximos anos, depois desta pandemia”, defende o presidente do município.

O Castelo de Leiria estará “na linha da frente” dessa recuperação, sobretudo pela facilidade de acesso que potenciará a capacidade de atracção turística.

“Irá permitir receber turistas que antigamente não sentiam vontade de visitar este património porque era de difícil acesso”.

O monumento nacional, que de 2009 a 2017 quase duplicou o número de visitantes (de 45 mil entradas para cerca de 85 mil), fica agora com capacidade para se assumir como “uma âncora para eventos culturais”.

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O autarca ambiciona que o Castelo de Leiria se apresente como “complemento dos visitantes do Mosteiro da Batalha”, um dos monumentos mais visitados do país, através de uma oferta educativa que conte a sua história e, também, “a importância que [Leiria] tem no contexto da nação”.

“Dentro de muito pouco tempo temos uma zona totalmente recuperada e disponível para receber muitas pessoas e assim recuperar a nossa actividade económica”, frisou, avançando que o município prepara já o próximo passo: recuperar a zona do palácio.

“O ponto alto da visita é as varandas do Castelo. Já estamos a fazer o planeamento e será objecto de concurso público para, no próximo quadro comunitário, poder ser candidatável no que diz respeito a esta área da valorização patrimonial”, prometeu.

Presente na sessão de apresentação, a directora regional de Cultura do Centro realçou o carácter “difícil e desafiante” da intervenção no Castelo de Leiria, lembrando que é uma entre várias a decorrer na região.

“A este juntam-se outros 57 investimentos realizados um pouco por toda a região no âmbito do actual Programa Operacional Regional do Centro, que permitirá até ao final de 2022, início de 2023, termos uma parte substantiva do nosso património classificado relativamente reabilitado, conservado e com melhores condições para usufruto no futuro”, disse Susana Menezes.

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