Covid-19. PSP e GNR encerraram 92 festas ilegais desde Janeiro

PSP diz que, inicialmente, verificou-se uma maior tendência para a organização deste tipo de festas em estabelecimentos de restauração e bebidas ou na rua, mas, nos últimos tempos, ocorreram sobretudo em residências particulares e anexos.

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BRUNO LISITA

Quase cem festas ilegais foram encerradas pela PSP e GNR desde Janeiro, revelam dados enviados à Lusa pelas duas forças de segurança. Entre Janeiro e Março, período em que o país está em estado de emergência e em confinamento para fazer face à pandemia de covid-19, a PSP detectou 75 festas ilegais e a GNR 17, num total de 92.

A Polícia de Segurança Pública detectou seis festas ilegais em Janeiro, 41 em Fevereiro e 28 em Março. Já a Guarda Nacional Republicana encerrou três festas em Janeiro, oito em Fevereiro e seis em Março.

A PSP explica que inicialmente verificou-se uma maior tendência para a organização deste tipo de festas em estabelecimentos de restauração e bebidas ou na rua, mas, nos últimos tempos, ocorreram sobretudo em residências particulares e anexos.

A PSP refere que, na maioria das ocorrências, as pessoas envolvidas nas festas reagem de “forma cordial e respeitadora” para com os polícias. No entanto, em algumas destas festas ilegais, os agentes da PSP já se depararam com fugas pelas janelas, telhados ou sistemas de esgotos, bem como tentativas de afrontar os polícias com o intuito de os dissuadir de desempenho das suas funções.

Sem avançar com o número de pessoas envolvidas nestas festas ilegais, a Polícia de Segurança Pública refere que os cidadãos apanhados nestes eventos são multados essencialmente por incumprimento do dever geral de recolhimento e consumo de bebidas alcoólicas.

Já a GNR tem encerrado festas ilegais que na sua maioria se realizaram em moradias, mas houve também eventos que decorreram em restaurantes, propriedades alugadas e centros recreativos, existindo ainda uma “rave” e uma festa numa praia fluvial.

Além de um casamento com 146 pessoas, a GNR encontrou também festas, em várias zonas do país, com 50, 30 e 28 pessoas. Muitas das festas foram descobertas por denúncia de ruído, e os militares da GNR quando chegavam a estes locais encontravam pessoas sem máscara e a não cumprirem o distanciamento social.

Foram dezenas de contra-ordenações registadas por esta força de segurança devido ao incumprimento do dever geral de recolhimento domiciliário, desrespeito das regras de realização de eventos e violação da limitação de circulação entre concelhos, tendo ainda sido detidas sete pessoas, três das quais reincidentes em festas.

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