Sporting subiu mais um degrau

Com um golo de Gonçalo Inácio no final da primeira parte, os “leões” somaram mais uma vitória e seguraram os 10 pontos de vantagem sobre o FC Porto.

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Reuters/PEDRO NUNES

As jornadas vão passando e o Sporting continua a não tropeçar. Com mais uma exibição segura e de qualidade, os “leões” subiram neste sábado mais um degrau rumo à conquista do título nacional e seguraram os 10 pontos de vantagem sobre a concorrência mais próxima. No Estádio de Alvalade, bastou um golo de Gonçalo Inácio no final da primeira parte para os líderes do campeonato derrotarem por 1-0 um V. Guimarães que mostrou pouca ambição e raramente incomodou Adán.

Menos de meia hora depois de o FC Porto vencer em Portimão, os “leões” surgiram no relvado de Alvalade com novidades. No habitual trio no centro da defesa, a ausência de Coates - Adán passou a ser o único “leão” totalista no campeonato – foi, como se esperava, colmatada pela entrada de Neto, mas, ao contrário do que chegou a ser anunciado durante a semana, o regresso de Paulinho não garantiu ao internacional português a entrada directa no “onze”: após marcar o golo da vitória na última jornada em Tondela, Tiago Tomás manteve a titularidade.

A novidade estava, no entanto, no meio-campo. Com Nuno Santos e Matheus Nunes indisponíveis, Tabata surgia como o principal candidato a ocupar a vaga em aberto, mas Amorim apostou em Bragança, uma estreia a titular no campeonato.

Do outro lado, havia uma equipa em crise – uma vitória em oito jornadas – e a estratégia que João Henriques encontrou para sair de Alvalade com um resultado positivo foi reforçar o sector defensivo: três centrais, com o jovem André Amaro, de 18 anos, a jogar pela primeira vez na principal equipa vimaranense.

No entanto, para Henriques, ter muitos jogadores na defesa não foi sinónimo de segurança. Com adaptações (Agu a central; Lameiras a lateral) e pouco entrosamento, o sector mais recuado dos vitorianos nunca encontrou antídoto para a mobilidade “leonina” e Bruno Varela rapidamente sem viu em apuros.

Nos primeiros 25 minutos, o Sporting construir uma mão cheia de boas oportunidades – numa, Pedro Gonçalves acertou na barra -, e, aos 26’, Tiago Tomás colocou a bola no fundo da baliza minhota, mas o golo foi anulado pelo videoárbitro - no início da jogada, Porro controlou a bola fora das quatro linhas.

Até aí incapaz de incomodar a defesa sportinguista, o V. Guimarães respondeu com dose dupla de remates à barra no minuto 34, mas na pior fase dos “leões”, o Sporting marcou: um quarto de hora depois de o videoárbitro anular o golo de Tomás, o árbitro auxiliar começou por inviabilizar a estreia de Gonçalo Inácio a marcar, mas não houve fora de jogo na jogada e o jovem defesa colocou mesmo os lisboetas na frente.

A perder e com soluções de qualidade no banco para o ataque, como Quaresma e Bruno Duarte, Henriques manteve tudo na mesma após o intervalo e o Sporting manteve-se confortável na partida - Adán teve uma das noites mais tranquilas esta época – e, num filme já muitas vezes visto esta época, a equipa de Amorim teve a maturidade para, a ganhar, baixar as rotações do jogo amarrar a partida, sem correr riscos.

No entanto, mesmo com a vitória presa pela margem mínima, Amorim não deixou de, a seis minutos dos 90’, lançar mais uma promessa “made in” Alcochete: seis dias depois de completar 16 anos, Dário Essugo, que terminou a partida visivelmente emocionado, substituiu João Mário, tornando-se no mais jovem de sempre a jogar pela principal equipa do Sporting.

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