Técnicos da Cultura: “Lavei a alma com as minhas lágrimas. A partir daí foi sarar”

No primeiro confinamento, Vítor Moura equacionava mudar de área profissional. Um ano depois, venceu o pessimismo e, contra todas as adversidades que os técnicos da cultura continuam a enfrentar, arrisca em novos segmentos. Porém, alerta — os apoios continuam a não ser suficientes e, por isso, há quem esteja “a passar muito mal”.

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Há um ano, Vítor Moura embalou todo o material da sua empresa de suporte à área do espectáculo. Guardou-o no armazém e mentalizou-se — só dali a dois anos é o que o voltaria a usar. Até lá, equacionava, talvez tivesse mesmo de mudar de ramo profissional. Decretado o primeiro estado de emergência, a 18 de Março de 2020, com os primeiros concertos e festivais a serem desmarcados ou adiados, entrou numa espiral de desmotivação e desespero. Naquela sala, estava o sonho concretizado do esforço de uma década de trabalho guardado numa pilha de amplificadores embrulhados em plástico. Pessimista e sem qualquer sinal de quando poderia voltar à actividade temeu pela sua saúde mental e segurança financeira.

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