MAI impõe números mínimos de mulheres na PSP e GNR

Novas regras de recrutamento vão impor mínimo de 15% de mulheres para guardas na GNR e 20% para agentes da PSP.

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Para o MAI é mais uma oportunidade promover a igualdade de género nas Forças e Serviços de Segurança e na Protecção Civil Nelson Garrido

O Ministério da Administração Interna vai incluir nas regras de recrutamento em 2021: passam a existir indicadores mínimos de 15% de mulheres na incorporação para guardas da GNR e de 20% para agentes da PSP, informou este domingo o Governo.

No âmbito da celebração do Dia Internacional da Mulher, que se assinala esta segunda-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI) defende que “reflectir melhor o conjunto da sociedade, desconstruindo preconceitos que ainda limitam a liberdade das mulheres na escolha do seu percurso profissional” é uma “das finalidades a atingir com o aumento da representatividade feminina nas Forças e Serviços de Segurança”.

Para o MAI é mais uma oportunidade promover a igualdade de género nas Forças e Serviços de Segurança e na Protecção Civil, refere uma nota de imprensa.

“Essa prioridade decorre do importante contributo que a maior representatividade feminina tem na melhoria da intervenção das Forças e Serviços de Segurança junto dos cidadãos e, em particular, na prevenção e combate de fenómenos como a violência doméstica - em 2020 foram registadas 27.609 queixas, menos 6,3% do que em 2019 -, mutilação genital feminina e tráfico de pessoas”, refere o MAI.

No final de 2020 havia 3.511 mulheres nas Forças e Serviços de Segurança: 1.625 militares na GNR, 1.622 polícias na PSP e 264 inspectoras no SEF.

Esse número correspondia a 8% do efectivo total das três estruturas policiais, enquanto ao nível da Protecção Civil havia 22% de mulheres no universo dos bombeiros portugueses.

Em termos comparativos, a nota do MAI informa que se regista uma duplicação do número de mulheres nas Forças e Serviços de Segurança

A Comissão para a Igualdade de Género e Não Discriminação da GNR foi criada em 2019 e integra 12 homens e mulheres (oficiais, sargentos, praças e civis) que prestam serviço em diferentes órgãos e comandos da Guarda.

Ao nível de cargos de chefia, a GNR tem actualmente 18 mulheres a comandar destacamentos territoriais e na Unidade de Controlo Costeiro, enquanto outras 15 comandam postos territoriais.

Na PSP, há duas mulheres a comandar o Comando Metropolitano do Porto e o Distrital de Aveiro e 38 a comandar esquadras.

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