Meghan queria 1,7 milhões, mas o tribunal deliberou o pagamento de apenas 520 mil euros

A duquesa de Sussex vai ser ressarcida em 450 mil libras (520 mil euros) para suportar os custos legais com o processo contra o tablóide Mail on Sunday. No entanto, o total da indemnização ainda pode crescer.

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A relacão de Meghan com a imprensa britânica tem sido tensa desde o início Reuters/POOL

O valor parecia excessivo, mas era o que se podia ler nos documentos entregues em tribunal para que este pudesse decidir o montante a pagar à duquesa de Sussex pelo jornal Mail on Sunday, condenado pelos crimes de devassa de privacidade e de usurpação por ter publicado, sem autorização, excertos de uma carta que Meghan escreveu e dirigiu ao seu pai: 1,5 milhões de libras (1,7 milhões de euros) era o total da conta dos advogados que assistiram a mulher do príncipe Harry.

O montante foi descrito pelo jornal como “desproporcional” e o juiz pareceu, à primeira vista, concordar, tendo condenado o Mail on Sunday a pagar 450 mil libras (520 mil euros). No entanto, este valor poderá ser ainda revisto, tendo o magistrado dito que a soma final “pode muito bem ser consideravelmente maior” depois de outras questões pendentes serem resolvidas em futuras audiências.

Ainda na audiência desta terça-feira, o juiz recusou o pedido de recurso que a equipa jurídica do jornal pretendia apresentar, alegando que não via “nenhuma perspectiva real” de que o Tribunal de Recurso chegasse a uma conclusão diferente. No entanto, este requerimento pode ser entregue directamente no Tribunal de Recurso.

A duquesa de Sussex deu entrada com uma acção judicial contra o Mail on Sunday, acusando o tablóide de ter publicado uma carta escrita por si e com o seu pai, Thomas Markle, como destinatário, com quem se desentendeu a dias do casamento com o neto da rainha Isabel II e sexto na linha de sucessão, o príncipe Harry.

Em Fevereiro, um juiz do Supremo Tribunal de Londres deliberou que o tablóide tinha violado a privacidade da queixosa e infringido os seus direitos de autor ao publicar partes da carta de cinco páginas. Sem realizar um julgamento, o magistrado considerou que os artigos publicado no periódico britânico eram uma clara violação de privacidade depois de o jornal ter argumentado que a duquesa pretendia que o conteúdo da carta se tornasse público e que tudo fazia parte de uma estratégia.

Além das contas apresentadas relacionadas com as custas judiciais, a equipa jurídica de Meghan exigiu que o jornal entregasse quaisquer cópias que tivesse da missiva e solicitou ao juiz que ordenasse que o Mail on Sunday publicasse uma declaração na sua primeira página sobre a vitória de Meghan e um aviso na sua edição online, a permanecer por “não menos de seis meses”, com a esperança de que “funcione como um dissuasor a futuros infractores”. No entanto, o juiz decidiu que, por enquanto, não iria emitir nenhuma ordem para a entrega ou destruição de quaisquer cópias da carta.

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