Elas não se anulam para sobreviver. As mulheres trans exigem “existir com felicidade”

Alice, Leonor e Júlia são jovens trans e, todos os dias, enfrentam desafios, agravados pela pandemia: é preciso conquistar um corpo, lutar por uma vida digna ou até batalhar para usar a casa de banho da escola. Neste Dia Internacional da Mulher, lutam para mostrar que o género “não se reduz a uma vagina”.

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Nuno Ferreira Santos
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Nelson Garrido

Quando era pequena, Alice Moraes rezava todas as noites antes de adormecer – e as orações terminavam sempre com o mesmo pedido. “Por favor, por favor, muda o meu corpo”, recorda a jovem brasileira, que cresceu numa família religiosa. Aos três anos, já insistia para que a sua avó a tratasse por Alice – o nome surgiu graças à icónica obra infantil de Lewis Carroll –, mas, no decorrer dos anos, não era Alice quem encontrava quando se olhava ao espelho. “Eu via as raparigas a tornarem-se mulheres na puberdade, e eu estava a crescer na puberdade oposta”, explica a jovem.

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