Câmara do Fundão cria Casa do Barqueiro em aldeia do xisto

Será um espaço temático dedicado à barca e ao rio Zêzere e ficará instalado em Janeiro de Cima.

cultura,serra-gardunha,fundao,castelo-branco,fugas,turismo,
Fotogaleria
A barca ainda passeia no rio Zêzere em Janeiro de Cima DR
cultura,serra-gardunha,fundao,castelo-branco,fugas,turismo,
Fotogaleria
A barca ainda passeia no rio Zêzere em Janeiro de Cima Nuno Ferreira Santos (ARQUIVO)
cultura,serra-gardunha,fundao,castelo-branco,fugas,turismo,
Fotogaleria
A barca ainda passeia no rio Zêzere em Janeiro de Cima Nuno Ferreira Santos (ARQUIVO)

A Câmara do Fundão vai criar a Casa do Barqueiro, um espaço temático dedicado à barca e ao rio Zêzere, que ficará em Janeiro de Cima, freguesia integrada na rede das Aldeias do Xisto. Em comunicado enviado à agência Lusa, esta autarquia do distrito de Castelo Branco adianta que o investimento total é de cerca de 174 mil euros e que o espaço ficará no antigo edifício do centro paroquial local, sendo que o concurso público para a requalificação já foi lançado.

“A instalação da Casa do Barqueiro irá permitir evidenciar a relação importante e duradoura entre a comunidade e o rio, a barca e o barqueiro, perpetuando memórias e tradições colectivas e proporcionando junto dos diferentes públicos o conhecimento, a valorização e a salvaguarda deste património imaterial”, refere a autarquia liderada por Paulo Fernandes.

A informação lembra que a barca é um dos símbolos da aldeia do xisto de Janeiro de Cima, vinculada numa forte relação que os habitantes desta localidade estabelecem com o rio Zêzere, assegurando a sua travessia e fortalecendo as relações sociais e comerciais, numa altura em que este era o único transporte. “Em Janeiro de Cima, à beira do rio Zêzere, gritava-se “Ó da barca” para se fazer a travessia do rio”.

Para além da requalificação do edifício e da concepção do projecto expositivo da Casa do Barqueiro, será ainda realizada uma intervenção na calçada, dando continuidade à faixa de mobilidade que proporciona o acesso ao parque fluvial, onde se fazia a passagem com a barca.

Com candidatura aprovada através do PDR 2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), o espaço será constituído por uma recepção, uma loja, três espaços expositivos diferenciados sobre a barca, o barqueiro e o rio, uma instalação sonora, um espaço sobre a história da Casa Paroquial, um espaço polivalente e um logradouro.

O município também refere que o espaço estará ligado ao rio, através de diversas actividades, onde a barca e o barqueiro irão estar em destaque.

A Casa do Barqueiro irá integrar a rede de Casas e Lugares do Sentir, promovida pelo Município do Fundão, que consiste num conjunto de casas distintas, em diferentes localidades do concelho, que estão focadas nos saberes e tradições locais e formam um roteiro cultural, turístico, social e educativo.

Esta rede de casas é um museu vivo espalhado pelo território que reproduz e ilustra aquilo que são as marcas identitárias mais expressivas de cada local.

Desta rede fazem parte a Casa das Memórias de António Guterres (Donas), Casa do Barro (Telhado), Casa D. Ilda Valentim Mesquita (Silvares), Casa da Poesia Eugénio de Andrade (Póvoa de Atalaia), Casa da Romaria de Santa Luzia (Castelejo), Casa do Bombo (Lavacolhos), Casa das Tecedeiras (Janeiro de Cima), Casas dos Ofícios (Souto da Casa) e Casa do Mel (Bogas de Cima).

Brevemente irão nascer ou renascer e integrar esta rede a Casa da Pastorícia (Salgueiro - Três Povos), a Casa da Cereja (Alcongosta) e a Casa do Barqueiro (Janeiro de Cima).

Sugerir correcção
Comentar