“Incerteza do futuro e medo de arriscar” explicam depósitos elevados

Num levantamento feito junto das seguradoras, a Deco Proteste encontrou apenas dois seguros de taxa fixa. António Ribeiro, admite que, perante a falta de opções no mercado, os fundos de investimento “são uma solução para o investimento a longo prazo, mas sem garantia de capital”.

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NELSON GARRIDO

O que explica o elevado montante de dinheiro deixado nas contas de depósito à ordem? 
A tendência tem sido de aumento do montante aplicado nos depósitos, seja à ordem ou a prazo. Por um lado, isso é explicado pela falta de alternativas de poupança e pelo medo de arriscar em produtos sem garantia de capital (que aumentou durante a pandemia, com a queda das bolsas no primeiro trimestre de 2020 e a incerteza de uma crise económica que se avizinha). Por outro, pelo elevado desconhecimento e iliteracia financeira dos portugueses. As baixas taxas de juro dos depósitos não explicariam o montante aplicado a aumentar, até poderia ser contraditório: mas a incerteza do futuro sim, a necessidade de liquidez e o medo de arriscar. Claro que, às taxas de juro actuais, próximas de zero, não há motivação para aplicar os montantes a prazo, já que o rendimento é praticamente idêntico ao das contas à ordem.

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