Fecho das escolas: Ministério só conseguiu avaliar impacto nas aprendizagens em 23 mil alunos

O Governo propunha-se fazer chegar avaliação do impacto do ensino à distância a 30 mil alunos do 3.º, 6.º e 9.º anos de escolaridade. Os resultados deverão ser conhecidos em Março.

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Só em Março se perceberá quão atrasados ficaram os alunos por causa do ensino remoto Duarte Drago (arquivo)

O Ministério da Educação (ME) tinha-se proposto avaliar as aprendizagens de 30 mil alunos no início do 2.º período para medir o impacto da suspensão das aulas presenciais nos conhecimentos de Matemática, Ciências e Leitura, entre os estudantes do 3.º, 6.º e 9.º anos. Porém, e porque o agravamento da pandemia voltou a mandar os alunos para casa, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), a quem o ME entregou a responsabilidade de preparar o estudo de diagnóstico, só conseguiu avaliar 23 mil alunos, dos quais 4800 do sistema privado.

“As sessões [de avaliação] calendarizadas para o dia 22 de Janeiro não puderam ser realizadas, uma vez que as actividades lectivas foram suspensas e as escolas encerraram”, justifica o IAVE, numa nota enviada às redacções.

O presidente deste organismo, Luís Pereira dos Santos, adiantou ao PÚBLICO que os resultados das avaliações efectuadas “estão ainda a ser trabalhados e só deverão poder ser divulgados em Março”, sendo até lá impossível perceber em que exacta medida é que o ensino à distância decretado em Março, e que voltará a vigorar para todos os níveis de ensino já a partir da próxima segunda-feira, prejudicou as aprendizagens dos estudantes.

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