Lousada reabre Mata de Vilar na Primavera e oferece 20 mil árvores para “plantar no seu quintal”

A Lousada promete mostrar uma mata requalificada em breve, incluindo antiga pedreira transformada em charco, centro de interpretação, banco de sementes e viveiro. E um anfiteatro “único”, de madeira morta. Entretanto, tem milhares de árvores nativas para dar e plantar no concelho, basta pedir.

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CM Lousada

A Lousada anda em preparativos para o pós-confinamento, em que já se sabe que muitos estarão a precisar de bons mergulhos na natureza, e para a Primavera. 

Até finais de Março, deverá reabrir a Mata de Vilar, após a conclusão de obras de valorização e requalificação, noticiou a autarquia. A mata, uma área de 14 hectares, é "um espaço florestal contínuo”, na freguesia de Vilar do Torno e Alentém, “junto à emblemática Casa com o mesmo nome”.

Os trabalhos incluíram o restabelecimento da antiga linha de água que atravessava o Vale das Faias, a transformação da antiga pedreira num charco para a vida selvagem e a construção de estruturas de visitação, designadamente um centro de interpretação, um banco de sementes e um viveiro pedagógico.

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A componente material, que se encontra na fase final, segundo comunicado, prevê ainda a definição de trilhos pedestres, a colocação de informação inclusiva e de sinalética no terreno e em formato digital, através de um aplicativo móvel, bem como a publicação de um guia de fauna e flora, mapas e folhetos interpretativos. O projecto de requalificação foi apoiado pelo Turismo de Portugal.

Em relação à componente imaterial, o projecto prevê a oferta de um serviço educativo e de um programa de animação destinado aos diversos tipos de público.

Enquanto a mata não reabre oficialmente ao público, tem servido de laboratório vivo para acções educativas restritas a pequenos grupos, no âmbito dos projectos internacionais na área ambiental. 

Em Novembro, já tinha sido apresentado um novo anfiteatro na mata, “uma estrutura natural única em todo o território do município e, tanto quanto sabemos, a nível nacional”, destacava-se no Facebook oficial da autarquia. É um “anfiteatro de madeira morta”. “A forma como os troncos de várias espécies foram dispostos”, explicavam, “irá proporcionar um importante espaço de colonização para fauna e flora, mas também poderá ser utilizado como um espaço de repouso, desafio para os corajosos que o queiram trepar, contemplação e lazer, para assistir a sessões de educação ambiental ou pequenos espectáculos que em breve irão decorrer na mata”. Na mesma publicação, um conceito a reter: “deixar uma árvore morrer naturalmente dentro de uma floresta é quase tão importante como plantar novas”.

Na Mata de Vilar, que já tinha sido intervencionada com a “eliminação de espécies invasoras e introdução de espécies folhosas como é o caso de carvalhos, cerejeiras bravas, sobreiros e faias”, não faltam caminhos para deambular e, além da flora, fauna para observar, incluindo inquilinos mais recentes, como os esquilos-vermelhos. 

Plantar Lousada

É o nome de um projecto da autarquia, que agora, sem haver condições para organizar grupos de plantação na mata, tem uma nova edição até chegar a Primavera com a oferta de árvores nativas. “Se tem um quintal ou terreno, temos árvores para si”, indicam. A promessa: “Vamos oferecer 20.000 árvores para serem plantadas em todo o concelho”, e há “novas espécies disponíveis, adequadas a espaços mais pequenos”.

Para tornar a Lousada mais verde, o convite é para “Plantar Lousada… no seu quintal”. Para participar e pedir até 15 árvores basta submeter o pedido online ao EcoCentro Municipal até 20 de Março. Mais do que 15 já envolve outro processo. 

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