Jeff Bezos vai deixar a liderança da Amazon

Magnata criou empresa em 1994 e deixará cargo de CEO no último quadrimestre do ano.

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Jeff Bezos anunciou que deixará de ser CEO da empresa esta terça-feira Reuters/JOSHUA ROBERTS

A Amazon confirmou esta terça-feira que Jeff Bezos vai abandonar o cargo de presidente executivo (CEO, na sigla em inglês) da empresa no último quadrimestre de 2021, tendo como substituto Andy Jassy, o responsável da divisão de cloud computing da gigante tecnológica.

Bezos, o homem mais rico do mundo, criou em 1994 a empresa que começou por vender livros online. Perto de três décadas depois, o empresário gere um dos impérios mais valiosos em todo o mundo, tendo revolucionado o comércio a retalho digital. Andy Jassy juntou-se à Amazon em 1997, chegando à liderança da equipa de serviços web ​da empresa em 2003.

“A Amazon é o que é por causa da criatividade. Fazemos coisas loucas juntos e depois tornámo-las normais”, começa por dizer Jeff Bezos no comunicado enviado aos funcionários. O magnata considera ainda que o momento da transição de poder tinha chegado, sublinhando que a valorização da empresa se deve, como disse anteriormente, à normalização da inovação.

“Se fizermos as coisas da maneira certa, uns anos após uma inovação surpreendente, a coisa nova torna-se normal. As pessoas bocejam. Esse bocejo é a maior conquista que qualquer pioneiro pode receber. Quando olhamos para os nossos resultados financeiros, o que se vê é o efeito cumulativo de longo prazo da nossa invenção. Neste momento, vejo a Amazon no seu momento mais criativo, tornando este um momento ideal para a transição”, prossegue Bezos, numa comunicação aos funcionários publicada no site da Amazon.

Relativamente ao sucessor, o ainda CEO diz que Andy Jassy é um homem “bastante conhecido” no seio da empresa, elogiando a sua capacidade de liderança e transmitindo-lhe um voto de confiança total para gerir os destinos da Amazon. Jassy assume as rédeas de uma empresa com um valor de mais de 1,4 biliões de euros e um total de 1,2 milhões de funcionários. No quarto trimestre de 2020, a empresa registou um crescimento do volume de negócios de 44%.

A nível pessoal, o ano de 2020 foi um dos mais lucrativos para Bezos. A riqueza do empresário cresceu cerca de 70 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) em 2020, colocando o seu património nos 186 mil milhões (aproximadamente 153 mil milhões de euros) no final do ano. Num único dia conseguiu juntar 13 mil milhões de dólares (cerca de 11,7 mil milhões de euros), o maior salto de riqueza alguma vez registado pela Bloomberg na base de dados que segue a fortuna dos mais ricos.

Com este tempo livre, Jeff Bezos vai conseguir dedicar mais tempo a outros projectos: o magnata detém a Blue Origin, uma empresa aeroespacial, sendo também o proprietário do jornal norte-americano The Washington Post.

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