As televisões também não gostam de batom

A decisão editorial das televisões de supressão de opiniões femininas na noite eleitoral é mais sexista e daninha que qualquer insulto de Ventura.

No período eleitoral das presidenciais assistimos a um caso paradigmático, digno de constar nos livros, de misoginia. Não, não me refiro à boçalidade do candidato Ventura com o batom de Marisa Matias. Muito pior. Trata-se daquele machismo insidioso, mais silencioso e eficaz: as três estações televisivas generalistas excluíram as mulheres de opinar sobre a noite eleitoral, assim efetivamente calando a voz de metade da população à volta de uma eleição importante para o país.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 56 comentários