João Ferreira pede voto para defender “os imprescindíveis”

“Fez mais do que a sua parte”, elogiou Jerónimo de Sousa no Rossio, na última iniciativa da campanha do candidato comunista com público.

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Nuno Ferreira Santos
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O candidato comunista à Presidência da República aproveitou esta noite a sua última sessão com apoiantes, ao vivo e ao lado do secretário-geral do PCP, para sublinhar que a eleição de domingo vai pesar no futuro de pessoas concretas e na justiça com que são tratadas.

“O voto vai pesar na valorização que se fizer, ou não, dos que provaram ser imprescindíveis”: os trabalhadores que não se podem confinar e que asseguram que “o país continua a funcionar”, satisfazendo necessidades da comunidade. “Têm de ser cuidados e valorizados”, disse João Ferreira, enumerando os direitos a salário digno, horários razoáveis, vida familiar, lazer e cultura.

“De tudo isto nos fala a Constituição”, disse João Ferreira, para quem tudo isto tem de estar presente na intervenção do Presidente da República. E por isso apelou ao voto na sua candidatura.

Numa intervenção naturalmente marcada pela actual pandemia, João Ferreira insistiu - como já havia feito a sua mandatária nacional, Heloísa Apolónia - que estão a ser criadas condições para que todos possam participar, com segurança, numas eleições que considerou determinantes.

“É importante votar, pois disso vai depender como vamos enfrentar o que resta desta pandemia (...) Será determinante a escolha que fizermos no domingo, se será para lutar pela defesa de um serviço nacional de saúde gratuito e universal ou para permitir que este veja os seus recursos desviados”, disse o candidato comunista.

Antes, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que João Ferreira “fez mais do que a sua parte”, na tentativa de materializar o projecto da Constituição a partir das eleições de domingo.

Logo a abrir a sua intervenção, Jerónimo de Sousa disse querer expressar a sua “solidariedade e admiração” pela campanha que João Ferreira realizou nos últimos meses, com uma candidatura que teve “como projecto” a Constituição e esteve “sempre ligada à vida e às aspirações do povo”.

“Sim, falou muito da Constituição. O problema é que os outros falaram pouco”, disse o líder comunista, acrescentando que a lei fundamental “incorpora o acto mais avançado da nossa história contemporânea, que foi o 25 de Abril de 1974, com todas as suas conquistas e realizações”.

Jerónimo de Sousa elogiou ainda a atitude de João Ferreira - “recusou algumas expressões inaceitáveis, manteve o rumo”, disse sem concretizar. Mas deixou claro que acredita que, com a sua forma de estar, o candidato “foi capaz de alargar o seu espaço político”. E afirmar-se como especialmente importante para aqueles que, encontrando-se numa situação ainda mais difícil, por causa da pandemia, sentem que é possível um futuro melhor.

No final da intervenção, o líder comunista voltou a referir-se à campanha de João Ferreira como uma “força que rompeu com preconceitos e calou insultos”, propondo-se valorizar os trabalhadores.

Comício de encerramento online

A meia hora do início da sessão da Praça do Rossio, ao princípio da noite, parecia que iam sobrar lugares marcados no chão, com fita vermelha e branca ou amarela, para assegurar que se mantinha a distância física na última iniciativa com público presente da candidatura. Mas os lugares marcados acabaram por ser menos do que quem quis ver e ouvir João Ferreira, Heloísa Apolónia e Jerónimo de Sousa.

A sessão incluiu a projecção de vídeos com outras intervenções destes protagonistas na fachada do Teatro Nacional D. Maria II. A sessão começou com João Ferreira a ocupar discretamente um dos lugares marcados na praça, no escuro, até ser identificado, aplaudido e iluminado.

O comício de encerramento da campanha de João Ferreira está marcado para as 22h e vai decorrer no InstagramTwitterFacebook e Youtube, e ainda no site da candidatura. João Ferreira estará no palco do cinema São Jorge, mas sem público. A sessão conta com a actuação dos músicos Sebastião Antunes e Celina da Piedade.

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