Covid-19: interrupção das aulas compensada no Carnaval, Páscoa e Verão

Ministro esclareceu que não há excepções à interrupção, depois de a associação dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo ter admitido recorrer ao ensino à distância nos próximos 15 dias.

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Daniel Rocha/Arquivo

O ministro da Educação anunciou esta quinta-feira um reajustamento do calendário escolar, retirando dias às pausas lectivas e acrescentando uma semana ao ano lectivo, e confirmou que as aulas, mesmo que à distância, estão também suspensas no ensino particular.

Em conferência de imprensa no Ministério da Educação, em Lisboa, Tiago Brandão Rodrigues recordou a determinação adoptada esta quinta-feira em Conselho de Ministros de “proceder à interrupção de todas as actividades lectivas” entre sexta-feira, 22 de Janeiro, e sexta-feira, 5 de Fevereiro, adiantando que, apesar de já ter sido dado conhecimento público da medida pelo primeiro-ministro, António Costa, “as escolas já foram informadas relativamente a esta questão”.

“Estes 15 dias, e depois da auscultação a vários actores da educação, vão ser compensados, na que era a interrupção lectiva do Carnaval, naquilo que restava da interrupção lectiva da Páscoa e também com uma semana no final do ano lectivo e assim conseguimos compensar estes 15 dias”, disse o ministro.

O responsável pela pasta da Educação esclareceu ainda que não há excepções a esta determinação, depois de a associação dos estabelecimentos de ensino particular e cooperativo, ter admitido não interromper as actividades lectivas, recorrendo ao ensino à distância nos próximos 15 dias.

“Tenho muito respeito pelo ensino particular e cooperativo, mas não são as nossas universidades e o nosso ensino politécnico com o grau de autonomia que tem. Este ziguezaguear, não digo oportunismo, mas espreitar sempre à excepção ou tentar fazer diferente é o que nos tem causado tantos problemas em termos societais. O cumprimento estrito das regras é algo que deve acontecer. Todas as actividades lectivas estão interrompidas durante este período”, disse Tiago Brandão Rodrigues.

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