Festival de Glastonbury cancela edição de 2021

Emblemático festival de música britânico é cancelado pelo segundo ano consecutivo, depois de já não se ter realizado em 2020, ano do 50.º aniversário.

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O público de um concerto de Kylie Minogue no Festival Glastonbury de 2019 NEIL HALL/LUSA

Foi cancelada a edição deste ano do festival de música de Glastonbury, um dos mais emblemáticos da Europa, que deveria decorrer no Verão em Inglaterra.

“Com grande pesar, temos de anunciar que o Festival Glastonbury deste ano não irá acontecer e que este será mais um ano de descanso forçado para nós”, lê-se num comunicado publicado esta quinta-feira no site do festival. Na nota, a organização refere que, “apesar dos esforços, ficou claro” que não é possível “fazer o festival acontecer este ano”.

Na quarta-feira, o Reino Unido registou um novo máximo diário de 1.820 mortes devido à covid-19, elevando o total para mais de 93 mil. Os últimos dados dão conta de 39.068 infectados hospitalizados, dos quais quase quatro mil ligados a ventiladores.

Em Dezembro, em declarações à BBC, Emily Eavis, co-organizadora do festival, afirmou que a organização estava a fazer os possíveis para manter a edição de 2021. O Festival de Glastonbury, que se realizava anualmente desde 1970, já tinha sido cancelado no ano passado.

A edição de 2020, que deveria ter decorrido entre 24 e 28 de Junho e tinha confirmados artistas como Kendrick Lamar, Taylor Swift e Paul McCartney, seria de celebração dos 50 anos do festival. A organização pede “desculpas” por “desapontar” todos os que contavam com o festival este ano.

À semelhança do ano passado, a organização “gostaria de oferecer a todos aqueles que asseguraram bilhetes em 2019 a oportunidade de passarem o depósito de 50 libras para o próximo ano, garantindo assim a oportunidade de comprarem um bilhete para 2022”.

Em Portugal, há vários grandes festivais programados a partir de Junho, entre os quais o Nos Primavera Sound, no Porto, o Rock in Rio Lisboa, o Nos Alive, em Oeiras, o Super Bock Super Rock, em Sesimbra, o Meo Sudoeste, em Odemira, e o Vodafone Paredes de Coura, mas os promotores querem saber em que condições poderão realizá-los.

Na semana passada, associações representativas do sector dos espectáculos de música reuniram-se com o Governo, naquela que foi a primeira reunião de trabalho para “definir uma estratégia que permita” este ano a realização de festivais e concertos. O objectivo é criar um grupo de trabalho para “analisar o impacto da pandemia e, sobretudo, definir as regras ou os procedimentos necessários para que, mesmo no actual contexto, possam realizar-se diferentes tipos de eventos sem, no entanto, comprometer a saúde pública”, explicou em comunicado a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE). Na reunião com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, estiveram representantes da APSTE, da Associação de Promotores, Espectáculos, Festivais e Eventos (APEFE), da Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest) e da Associação Espectáculo — Agentes e Produtores Portugueses (AEAPP).

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