Abrir as janelas do carro reduz risco de transmissão da covid-19, confirma estudo

Janelas abertas e ar a circular. Este é apenas um truque para diminuir o risco de transmissão de quaisquer doenças, covid-19 incluída, quando se viaja de automóvel.

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Charles Deluvio/Unsplash

Mesmo entre pessoas do mesmo agregado familiar, que partilham um tecto, haverá poucos espaços tão exíguos em que todos se juntam como o habitáculo de um carro. Por isso, usar máscara, de preferência cirúrgica, e manter as janelas abertas e o ar a circular quando se viaja de automóvel serve para quando se partilha o transporte com pessoas fora do nosso círculo diário de contactos como com aqueles que nos são mais próximos.

De acordo com um estudo que reuniu as universidades de Massachusetts Amherst e de Brown, publicado na revista Science Advances no início de Janeiro, “abrir todas as janelas é a melhor estratégia”. No entanto, mesmo apenas uma aberta pode fazer a diferença. É que, explicam os autores, é possível criar uma espécie de microclima de elevada carga viral numa viagem de apenas 15 minutos – sendo que, depois disso, o coronavírus SARS-CoV-2 pode permanecer viável em aerossóis durante três horas.

No entanto, e apesar de se estar a viver uma estação do ano que não convida a abrir as janelas todas, os investigadores consideram que, caso não se consiga abrir as quatro janelas, se abra duas em lados opostos para criar uma “cortina de ar”, minimizando o potencial de o vírus se movimentar entre condutor e passageiros. Isto porque, explicam os investigadores, “o fluxo de ventilação cruzada dominante dentro da cabina do automóvel é crucial para minimizar o transporte de partículas potencialmente infecciosas entre os ocupantes do automóvel”.

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