Marcelo apela aos portugueses para que levem o confinamento a sério. “Ele existe porque é necessário”

Se o dever de recolhimento domiciliário não for respeitado, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa, “a primeira consequência imediata é o aumento da pressão sobre as estruturas de saúde, que ninguém deseja e que é mesmo muito indesejável”.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa apelou este sábado aos portugueses para que levem o confinamento a sério e não o encarem como leve ou facultativo, evitando sobrecarregar ainda mais os serviços de saúde. Marcelo Rebelo de Sousa fez este apelo no final de uma reunião com a estrutura directiva da Santa Casa da Misericórdia do Barreiro, no distrito de Setúbal, num dia em que a propagação da covid-19 em Portugal voltou a atingir recordes diários, com 166 mortes e 10.947 novos casos de infecção com o novo coronavírus.

“Não é demais apelar a todos para que não vejam este estado de emergência e este confinamento como um confinamento suave, um confinamento leve, um confinamento facultativo, um confinamento que não é para levar a sério”, afirmou o chefe de Estado e recandidato ao cargo, perante os jornalistas.

O candidato presidencial apoiado por PSD e CDS-PP realçou que, se o dever de recolhimento domiciliário que vigora desde sexta-feira não for respeitado, “a primeira consequência imediata é o aumento da pressão sobre as estruturas de saúde, que ninguém deseja e que é mesmo muito indesejável”. “A segunda consequência é alongar o confinamento”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa reforçou o apelo para que os portugueses façam “um esforço para levarem a sério este confinamento, como se leva a sério noutras sociedades europeias, porque ele existe porque é necessário”, insistindo que é preciso evitar “situações de stress, de ambulâncias à espera” nos serviços de saúde.

Questionado se considera que é o Governo que está a passar mal a mensagem ou se são as pessoas que estão a desvalorizar a situação, respondeu: “Provavelmente, como em tudo na vida, são as duas coisas. Quer dizer, nós, responsáveis políticos, devemos ainda insistir mais e passar melhor a mensagem, e as pessoas devem levar a sério”. No seu entender, não se trata de haver “excepções a mais”, o que está em causa é “as pessoas não interpretarem com latitude excessiva as excepções, não facilitarem”. “Por exemplo, em passeios higiénicos andarem sem máscara, isso tem acontecido em muitos casos”, apontou.

Em Portugal, já morreram 8709 doentes com covid-19 e foram contabilizados até agora 532.416 casos de infecção com o vírus que provoca esta doença.

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