Guimarães vai ter uma ecovia ao longo do rio Ave

A Ecovia do Ave, em Guimarães, vai estender-se ao longo de 34 quilómetros, num “abraço” da cidade ao rio.

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Serão 34 quilómetros de ecovia, para percorrer ao longo de 14 freguesias do concelho de Guimarães, entre novos percursos, antigos trilhos em terreno agrícola, açudes e pontes, quase sempre junto ao rio. O projecto da Ecovia do Ave, cuja proposta de traçado foi apresentada publicamente esta terça-feira pela autarquia, integra ainda a “criação de pontos de interesse ao longo do percurso”, para promover a “contemplação da fauna e flora”, a “valorização do património natural” e a “aproximação ao rio”, lê-se num comunicado publicado na página do município.

Para Domingos Bragança, presidente da autarquia de Guimarães, a ecovia representará ainda a recuperação e revitalização de muito “património abandonado”, como açudes e moinhos. Segundo o autarca, este é um projecto “de uma comunidade inteira”, que porá “a cidade a abraçar o rio”, até então de costas voltadas, cita a agência Lusa.

“Há um trabalho imenso pela frente que permitirá vivermos mais em harmonia com a natureza”, salienta o autarca, em comunicado. “Reconhecemos que há sítios difíceis, mas temos de encontrar modos de redefinir os percursos quando necessário para completar esta Ecovia do Ave.”

Segundo a proposta de traçado, a ecovia vai percorrer todas as freguesias que confinam com o rio, desenvolvendo-se entre Serzedelo e a União de Freguesias de Arosa e Castelões. Cerca de 88% do percurso atravessa áreas de galerias ripícolas, percorrendo também estradas de valor patrimonial e zonas de parques de lazer.

Um dos objectivos predefinidos para o projecto passa, precisamente, por preservar a integração paisagística de toda a extensão da galeria ripícola, permitindo recuperar, de forma consciente, os percursos já existentes e sensibilizar a população para a importância da preservação e promoção da biodiversidade de Guimarães.

O traçado da ecovia foi desenhado pelo Laboratório da Paisagem e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e poderá ter um “braço de ligação” à Citânia de Briteiros.

Paralelamente, o município está também a promover a inventariação e avaliação ambiental de obstáculos no rio Selho, naquele que constitui o primeiro passo para a construção de uma ecovia também naquele curso de água.

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