Mónica Calle à frente de um exército de esperança

Na continuação de Ensaio para Uma Cartografia, Carta volta a colocar em palco corpos nus que avançam num caminho de resistência e vincam a necessidade de estarmos juntos. Para fintar o confinamento, os primeiros passos são esta terça-feira no D. Maria II.

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Bruno Simão

Sexta-feira passada, a sombra de um confinamento iminente pairava já sobre os ensaios finais de Carta, espectáculo em que Mónica Calle volta a pegar nas premissas que fizeram de Ensaio para Uma Cartografia (2017) um dos mais sublimes espectáculos dos últimos anos. Essa sombra existia, mas o medo era já o do momento em que aquela se precipitaria e engoliria todo o trabalho dos meses mais recentes realizado por uma vintena de mulheres, actrizes e músicas profissionais, numa complexa e delicada gestão de ensaios e num contexto em que dezenas de corpos nus e sem distância de segurança se juntam em palco enquanto tocam e se movem ao som do Segundo Andamento da Sinfonia nº7 de Beethoven.

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