Mota-Engil ganha contrato de 1500 milhões para obra ferroviária em África

Trata-se do maior contrato de sempre do grupo e servirá para fazer uma linha férrea de quase 400 quilómetros, sobretudo na Nigéria.

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Adriano Miranda

A Mota-Engil África acaba de assinar o maior contrato de sempre de todo o grupo ao garantir a adjudicação de uma obra ferroviária na República Federal da Nigéria e na República do Níger. Trata-se de uma obra de 1820 milhões de dólares (cerca de 1500 milhões de euros), assinada com o Ministério dos Transportes da Nigéria, para construir uma linha férrea que totaliza 378 quilómetros (km) e que irá fazer a ligação ao país vizinho, o Niger.

Numa informação enviada à Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, a Mota-Engil refere que a execução deste contrato implica a construção, mas também o financiamento, de uma linha férrea com cerca de 284 km mais uma extensão de 94 km, e que servirá para ligar as cidades de Kano, Danbatta, Kazaure, Daura, MashiKatsina, Jibiya e Maradi e Dutse, na Nigéria, estando ainda prevista uma ligação à cidade de Maradi, na República do Niger.

De acordo com o comunicado, a Mota-Engil vai durante os próximos meses trabalhar conjuntamente com o governo da Nigéria e as entidades financiadoras na conclusão do Estudo de Impacto Ambiental, “nas necessárias expropriações, na mobilização inicial e na elaboração do projecto, com vista à sua conclusão e à aprovação final do financiamento por parte do governo da Nigéria”.

O financiamento desta empreitada vai ser coberto pela República da Nigéria e, de acordo com a Mota-Engil, tem vindo a ser estruturado e negociado por várias instituições, como o KFW-IPEX BANK, o Africa Finance Corporation ou o Crédit Suisse. Só depois de concluídos os esforços de financiamento é que poderão arrancar os trabalhos efectivos de construção desta infra-estrutura ferroviária, que deverá ter uma duração de 32 meses.

“Tratando-se do maior contrato de sempre do grupo, este tem vindo a exigir ao longo dos últimos três anos uma preparação e organização ímpares conducentes à mitigação dos riscos, à maximização da rentabilidade, à redução dos prazos de execução e à minimização do impacto nas comunidades locais e do seu custo para a República da Nigéria”, refere o Grupo Mota-Engil no comunicado que deixou na CMVM.

Recorde-se que o grupo tem um aumento de capital aprovado em assembleia geral de accionistas para acomodar a entrada dos chineses da CCCC na estrutura accionista do grupo com 30% do capital social.

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