Caminhos de Santiago: Minho e Galiza unidos para certificar e renovar um dos trilhos mais antigos

Histórico, belíssimo, magnífico. Não faltam adjectivos aos defensores do Caminho Minhoto Ribeiro, que vai de Braga a Compostela. Os seis municípios minhotos deste caminho juntam agora forças com a Galiza para certificá-lo em ano de Xacobeo.

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Na zona da Portela do Homem, passagem no Gerês entre Portugal e Espanha Associação Caminho Minhoto Ribeiro
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Ponte da Cruz (Boborás, Galiza) Associação Caminho Minhoto Ribeiro

O legado histórico deste caminho é “surpreendente”, entre “calçadas romanas, caminhos medievais, mosteiros, adegas, aldeias e vilas de grande valor histórico”. A natureza a cada passo é de “uma riqueza magnífica”. É um caminho de boas e afamadas águas e, por fim mas não menos relevante, de bons vinhos – a “rota tradicional do transporte do vinho do Ribeiro, numa relação de vinho com Santiago que tem séculos história”, remontando, ao que se sabe, pelo menos em termos de referências encontradas, ao século XII. Como se vê, não faltam predicados a este troço, nem adjectivos para descrevê-lo à Associação Caminho Minhoto Ribeiro, que reúne 16 municípios galegos para lá do Gerês-Xerês.

À parte portuguesa, e em colaboração com a Galiza, também chega agora a altura de apostar em força neste caminho milenar, “um dos caminhos mais antigos, que liga o Norte de Portugal à cidade do apóstolo Santiago”, como lembra o município de Arcos de Valdevez, um dos seis por terras do Minho que vai trabalhar para renovar e certificar o Caminho Minhoto Ribeiro, que, começando em Braga, se estende por cerca de 75km lusos e 173km espanhóis.

Além de Arcos, o protocolo de cooperação para a certificação foi assinado também por Melgaço, Monção, Ponte da Barca, Vila Verde e Braga, ainda em Dezembro, com “vista à reactivação e promoção desta rota”, que tem direito desde finais do ano ao documento oficial, A Compostela, que atesta ao peregrino a realização do Caminho

E se à parte galega não falham adjectivos, também à parte portuguesa  não estarão em falta os elogios e expectativas: “representa um produto de elevado valor a nível turístico, religioso, cultural e económico em prol do desenvolvimento do território”, refere a autarquia de Arcos na apresentação do acordo, que, entre os responsáveis minhotos e galegos, irá ser mais investigado e documentado. O objectivo é sustentá-lo em Portugal como Rota de Interesse Histórico e Cultural Intermunicipal.

“Um percurso que remete para uma viagem histórica e de elevada importância para o Norte de Portugal”, sublinha-se, sendo que vai agora ser feita a marcação precisa do caminho no terreno.

“Uma rota histórica” que, “tendo início na cidade de Braga e unindo seis municípios minhotos”, será agora revitalizada, num projecto de recuperação que “vem contribuir para criação de relações transfronteiriças, promover o encontro com a natureza, com o património histórico, com as tradições e a cultura das comunidades”.

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