Bar Red Frog fecha as portas do Salitre. Mas promete voltar aos cocktails “escondido”

Considerado um dos melhores bares de cocktails de Portugal, o Red Frog deixa a “sua” casa original. A falta de renovação do contrato de arrendamento é a razão apontada. Mas garante regresso em Março com novidades.

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Nuno Ferreira Santos
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Enric Vives-Rubio

O bar de cocktails de autor, inspirado nos tempos e ambientes da Lei Seca nos EUA, vai deixar o número 5A da Rua do Salitre para reabrir em lugar, para já, secreto. “Em vez de trabalharmos o conceito de speakeasy, vamos ser um speakeasy”, diz à Fugas um dos sócios fundadores do Red Frog, Emanuel Minêz.

“Vamos estar escondidos. Só quem vai à procura do Red Frog é que o vai encontrar.” E acrescente-se, para aguçar o suspense, que nem “através do número de porta” vamos “conseguir chegar ao espaço”.

O bar, inaugurado em 2015 e eleito um dos 100 melhores do mundo dois anos depois, sai da morada original por não renovação do contrato de arrendamento do espaço, depois de o prédio ter sido “comprado por investidores”. “Dobrou-nos a renda em Fevereiro e agora não nos renova o contrato nem está disponível para vender”, segundo disse Emanuel Minêz à Fugas.

“Andámos aqui a digerir, [a ver] como íamos resolver, a encontrar solução e só comunicámos agora através do nosso Instagram [e Facebook].”

A despedida “da Rua do Salitre” foi anunciada nas redes sociais, com promessa de um regresso em 2021 “com muitas novidades”, depois de “um ano atípico”, “que nos marcou de várias formas”. “Enfrentamos muitas adversidades e fomos seriamente postos à prova”, lê-se na publicação.

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Encerrado desde Março do ano passado devido ao coronavírus, o Red Frog deverá reabrir também em Março, reduzido a “um terço” da capacidade actual e já em nova morada, localizada “um quarteirão abaixo”.

Para a reabertura, a carta de cocktails arranca “com os clássicos” da casa, em jeito de “best of” mas “reinventados”, e com “código de acesso ao espaço”. “Devido a esta situação toda de pandemia e da questão dos bares”, a ideia é que os clientes se registem previamente no site e depois insiram o código à entrada.

Enquanto o Red Frog não regressa, o irmão mais novo, Monkey Mash, inaugurado em 2019, já está de portas abertas desde Setembro, com novos cocktails e uma carta de comida. “Temos uma onda de cantina mexicana, quase”, aponta Emanuel. Para acompanhar as bebidas há agora tacos, guacamole, quesadillas​, katsu sando e churros de chocolate, entre outras opções, além de combinados “que permitem fazer uma refeição”.

No final de Janeiro, o espaço, localizado na Praça da Alegria, fecha para cerca de duas semanas de obras e promete reabrir de conceito afinado e decoração nova, incluindo uma parede pintada por Filipe Ribeiro, um artista das Caldas da Rainha.

“Estamos a preparar-nos para este ano com uma série de novidades para que, quando tudo regressar ao normal, as pessoas vejam que não estivemos parados”, resume Emanuel Minêz. “Quando a indústria está a sofrer e alguns dos melhores bares estão a fechar em todo o mundo, nós ainda estamos com forças para nos reinventarmos e criarmos aqui algo diferente e novo.”

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