Sporting insiste em ver reconhecidos 22 títulos nacionais pela Federação

Clube de Alvalade entregou parecer histórico ao órgão federativo. “Leões” consideram que quatro títulos conquistados em 1920 e 1930 devem ser validados.

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Estádio de Alvalade LUSA/MARIO CRUZ

O Sporting quer que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reconheça que o clube conquistou o título de campeão nacional por 22 vezes. Para isso, o clube de Alvalade entregou esta quarta-feira um parecer histórico, elaborado pelos historiadores Diogo Ramada Curto e Bernardo Pinto Cruz, ao órgão federativo, que apenas reconhece aos “leões” 18 vitórias na principal competição nacional.

“Este documento, idóneo e independente, foi elaborado pelos historiadores professor doutor Diogo Ramada Curto e doutorando Bernardo Pinto Cruz e reforça a justiça da pretensão do Sporting CP de ver reconhecidos todos os 22 títulos nacionais de futebol que conquistou desde que foi fundado em 1906”, explica o clube em comunicado.

O documento aborda a forma como as competições nacionais se foram alterando ao longo dos anos, utilizando como fontes vários livros e órgãos de comunicação social da época. Em causa estão os campeonatos conquistados em 1922-23, 1933-34, 1935-36 e 1937-38, os quatro que a FPF não reconhece aos “leões”.

A diferença de registos foi levantada durante a presidência de Bruno de Carvalho, com o antigo dirigente do clube a lutar para que fossem reconhecidos estes títulos. Esta disputa chegaria mesmo à Assembleia da República no início de 2019, depois de uma petição que pedia o reconhecimento das 18 edições do Campeonato de Portugal recolher quase cinco mil assinaturas.

O parecer histórico divulgado pelo Sporting reconhece a legitimidade da prova conquistada pelos “leões”, considerando que o clube tem o direito a pedir junto da FPF a validação dos 22 títulos. 

“A ideia de que o Campeonato Nacional da I Divisão e a Taça de Portugal são a continuação, sob outra designação, das Ligas e do Campeonato de Portugal é falsa e tem origem num equívoco lamentável da direcção da Federação, que é ilegal de um ponto de vista procedimental, contrário às decisões do Congresso Extraordinário de Agosto-Dezembro de 1938 e insustentável de uma perspectiva histórica atenta à evolução dos sentimentos, das atitudes e dos comportamentos, bem como à reconstituição das formas concretas de imaginar a nação”, concluem os historiadores.

Agora é Frederico Varandas a assumir a luta pelos 22 títulos, número que, apesar de ainda não ter validação da FPF, já consta de vários adereços “leoninos”, como é o caso do próprio autocarro do clube. 

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