Lorenzo Viotti passa de maestro titular a maestro convidado principal da Orquestra Gulbenkian

À frente da formação desde a temporada de 2018-19, o maestro franco-suíço vai agora dirigir a Orquestra Filarmónica e da Ópera Nacional da Holanda, mas manter-se-á ligado à Gulbenkian. A fundação constituiu entretanto um comité para encontrar o próximo maestro titular.

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Nuno Ferreira Santos

O maestro franco-suíço Lorenzo Viotti completará o seu contrato de três anos como maestro titular da Orquestra Gulbenkian no final da presente temporada 2020/2021, assumindo, a partir de Setembro do próximo ano, o cargo de maestro convidado principal da formação, anunciou esta quinta-feira a Fundação Calouste Gulbenkian.

Viotti vai conciliar o cargo em Lisboa com o de maestro titular da Orquestra Filarmónica e da Ópera Nacional da Holanda, em Amesterdão. A partir da temporada 2021/2022, o maestro dirigirá vários concertos no Grande Auditório da Gulbenkian e alguns projectos especiais, estando já prevista a sua participação numa digressão internacional da orquestra.

Concluído o seu mandato de três anos na direcção do Coro e da Orquestra Gulbenkian, e dada a ligação que estabeleceu com Portugal, Lorenzo Viotti não vai deixar Lisboa. “Como o público viu nestes anos, além do repertório sinfónico, tenho muito interesse na direcção de ópera. Fui convidado para ser o próximo maestro titular da Ópera Nacional e da Orquestra Filarmónica da Holanda, o que vai ocupar grande parte da minha agenda profissional”, afirma o maestro, citado pelo comunicado da Gulbenkian. E acrescenta ainda: “Fico muito feliz por assumir o cargo de maestro convidado principal da Orquestra Gulbenkian já na próxima temporada. Vivi momentos inesquecíveis com a orquestra e quero continuar. Além dos concertos já agendados, temos digressões internacionais planeadas que vão passar por Espanha, em 2021, e pela Áustria e Alemanha, no ano seguinte.”

Lorenzo Viotti é maestro titular da Orquestra Gulbenkian desde a temporada 2018/2019 e dirigiu no último mês vários concertos no Grande Auditório, entre os quais A Noite Transfigurada de Arnold Schoenberg e La Voix Humaine de Francis Poulenc. Esta quinta-feira, está de novo em palco, dividindo-se entre a direcção musical e o papel de narrador da obra A História de Um Soldado, de Stravinsky. Entre Janeiro e Maio do próximo ano, final da actual temporada, dirigirá sete programas duplos com o Coro e a Orquestra Gulbenkian. Além dele, a orquestra conta com uma equipa de maestros regulares formada por Giancarlo Guerrero, Nuno Coelho, Leonardo García Alarcón e Michel Corboz.

A Fundação Gulbenkian constituiu já um comité para encontrar o próximo maestro titular. O painel integra a direcção da Gulbenkian Música, representantes da Orquestra Gulbenkian e convidados internacionais.

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