O espectro transbordante de Beethoven

A obra transborda o seu tempo, nas fronteiras do (im)possível. É a obra, para lá das estátuas, que parece vibrar em fortíssimo e em pianíssimo ainda neste século XXI. Mas, 250 anos depois do seu nascimento, conseguiremos destrinçar o que é “objectivo” numa obra que erigiu um mito?

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Miguel Feraso Cabral

Beethoven é nome de um homem, mas também de um colosso. Compositor de paradoxos, mito transbordante e contraditório, é uma figura cujo alcance parece impossível de delimitar. Ludwig van Beethoven foi baptizado a 17 de Dezembro de 1770. Dois séculos e meio depois do seu nascimento, a imagem aparece ainda, como um espectro, por todo o lado: são estátuas e estatuetas, cópias da sua máscara em gesso, gravuras, desenhos, pinturas. Muitos representaram-no a olhar para nós, severo e desafiante. Nunca com um sorriso, porque a música é coisa séria, como parece sempre dizer-nos o busto do compositor pousado sobre o piano. Aquele busto que Charles Schulz desenhou para Schroeder, a criança pianista dos Peanuts, um amante solitário de Beethoven.

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