Aldeias Históricas de Portugal: wi-fi em todas e uma rede ciclável de 3500 km

As 12 aldeias estão “hoje estão cobertas com 100% de rede de fibra ótica”. E em redor delas vai surgir identificada a “maior rede de percursos cicláveis do país”.

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São 46 percursos Aldeias Históricas de Portugal

As 12 Aldeias Históricas de Portugal, em dez municípios, estão cobertas a 100% com fibra ótica e em associação com mais onze concelhos vão ver identificada em estradas uma rede de percursos cicláveis de 3.500 quilómetros, anunciou.

“As Aldeias Históricas hoje estão cobertas com 100% de rede de fibra ótica, têm wi-fi”, afirmou André Figueiredo, responsável pela Direcção de Coordenação Institucional, Corporativa e Comunicação da Altice Portugal.

Na sessão pública de apresentação dos projectos “Destino mais inteligente” e “Destino mais #bikelife", realizada online, numa iniciativa de Aldeias Históricas de Portugal, associação de desenvolvimento turístico, André Figueiredo considerou que o que se fez “com as Aldeias Históricas, a que a Altice prontamente e voluntariamente se juntou, é um perfeito exemplo daquilo que o país precisa”.

A directora executiva das Aldeias Históricas de Portugal, Dalila Dias, adiantou que este projecto tem um montante de investimento aprovado de 743 mil euros, financiado pelo Valorizar - Programa de Apoio à Valorização e Qualificação do Destino.

Disponibiliza uma rede wi-fi gratuita no espaço público e pontos de interesse das 12 Aldeias Históricas de Portugal e tem implementado um sistema beacon (tecnologia bluetooth), além de aplicação para telemóvel e um sistema para monitorização.

A Rede das Aldeias Históricas de Portugal integra 12 localidades: Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso. Estas integram 10 municípios: Almeida, Arganil, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Idanha-a-Nova, Mêda, Sabugal e Trancoso.

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O projecto da rede de percursos cicláveis das Aldeias Históricas de Portugal, no valor de 26 mil euros, é também apoiado pelo Valorizar.

Dalila Dias referiu que a implementação desta rede visa promover a mobilidade suave na ligação entre as Aldeias Históricas, promover hábitos saudáveis junto da população e permitir a este território ter um recurso diferenciador.

Além dos dez municípios com Aldeias Históricas, incluem-se outros onze, considerados de ligação: Castelo Branco, Covilhã, Fornos de Algodres, Manteigas, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penamacor, Pinhel e Seia.

Este projecto disponibiliza uma rede de percursos cicláveis em estrada num total de cerca de 3500 quilómetros, divididos por 46 percursos, além de um guia.

Nesta fase, “quem quiser fazer estes percursos pode recorrer ao site das Aldeias Históricas e descarregar os percursos ou, em alternativa, através da aplicação”, declarou à agência Lusa Dalila Dias, adiantando que a sua identificação no terreno é o projecto que se segue, mas que está dependente de várias entidades.

O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, referiu que as Aldeias Históricas são um local de excelência e que este é “um projecto de grande qualidade”, com a classificação de quase 50 percursos de vários níveis de dificuldade.

Delmino Pereira destacou depois as virtudes do ciclismo, que “permite viver e realizar um turismo de sensações”, entre outros aspectos, referindo que “a tecnologia que está associada à bicicleta tem evoluído muito e não é possível que estes destinos possam ser potenciados” sem acesso a “uma rede de internet e às novas tecnologias”.

Presente na iniciativa, a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, adiantou que o Valorizar financiou cerca de 750 projectos, com “mais de 100 milhões de euros de financiamento”, programa que terá continuidade, “para acarinhar este tipo de projectos desenvolvidos pelos territórios, em prol dos territórios”.

A anteceder a apresentação dos projectos, o presidente da Aldeias Históricas de Portugal, António Robalo, considerou o momento “muito importante”, salientando que a missão da associação assenta na criação de activos e de mecanismos facilitadores para dotar a rede destas aldeias de maior competitividade.

Para o também presidente da Câmara do Sabugal, estas iniciativas são “uma mais-valia para as aldeias, para os residentes, mas, acima de tudo, uma mais-valia para quem queira visitar” estes territórios. 

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