A pandemia levou-lhes a independência que tanto lutaram para conquistar

Isabel não pode ver a amiga Filipa, Pedro não consegue ir para o estágio na Fnac, Catarina não pode dar abraços. A pandemia tirou a estes jovens adultos com deficiência um pouco da autonomia que tinham, mas eles estão a fazer tudo para a debelar “um dia de cada vez”. Esta quinta-feira, celebra-se o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência.

Como é que a pandemia é sentida por alguém com deficiência? "Isto é mais duro do que parece, mas a vida tem de continuar" Cristiana Faria Moreira, Teresa Abecasis

Pedro já conquistou muito. Passou a apanhar o autocarro na Reboleira em direcção ao centro comercial de Alfragide. Trabalhava como estagiário ocupacional na secção de videojogos da Fnac, entre as 9h30 e as 12h30. Depois ia almoçar à Fundação AFID Diferença, onde é utente há onze anos. Por lá ficava durante a tarde e, no regresso a casa, apanhava outra vez o autocarro. De repente, o bicho microscópico chegou para encerrar as pessoas em casa e derrubar rotinas à sua passagem. E a independência e a autonomia, que demoram anos a conquistar, também tiveram de se recolher. 

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar