Tripulantes falam em “silêncio ensurdecedor” dos partidos sobre despedimentos na TAP

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil vai requerer audiências, com carácter de urgência, “a todos os partidos e deputados independentes com assento parlamentar”.

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TAP voltou a ser uma empresa pública Reuters/Regis Duvignau

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) emitiu esta segunda-feira um comunicado onde expressa “total perplexidade” sobre o que diz ser o “’silêncio ensurdecedor” adoptado por todos os partidos políticos com assento parlamentar, bem como o Governo, face ao plano de restruturação apresentado pela administração da TAP” na sexta-feira e que prevê, contabiliza o  SNPVAC “a saída de 3600 trabalhadores, entre despedimentos e contratados a prazo e um corte da massa salarial de 25%”. Só no que diz respeito aos tripulantes de cabine da TAP está em cima da mesa um cenário de saída de 750 trabalhadores do quadro, isto além de 1000 cujos contratos a prazo não estão a ser renovados.

O SNPVAC afirma existirem “soluções alternativas que permitem salvaguardar postos de trabalho, minimizando assim o número total de despedimentos” e que já transmitiu essa mensagem à administração.

Este sindicato afirma ainda que vai requerer audiências, esta segunda-feira e com carácter de urgência, “a todos os partidos e deputados independentes com assento parlamentar”, para lhes dar conta das suas preocupações e apresentar “as diversas alternativas possíveis para uma restruturação da TAP que vá muito além dos despedimentos e cortes da massa salarial”.

Ao mesmo tempo, o SNPVAC diz que tem tentado sensibilizar “todas as estruturas da TAP para uma possível união sindical” para reagir ao plano de reestruturação da empresa pública (o Estado já detém 72,5% do capital), tal como ele está agora desenhado, e que terá de ser entregue em Bruxelas até ao dia 10 de Dezembro.

Esta segunda-feira, os sindicatos começam a ter reuniões com o ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, numa ronda que deverá terminar quinta-feira, ou seja, oito dias antes do prazo final acordado com a Comissão Europeia. O PÚBLICO enviou várias questões à TAP e ao Ministério das Infra-estruturas, mas ficou sem respostas.

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