Lux Frágil fecha-se à noite, mas abre de manhã com Rui Vargas no terraço

Com a pandemia, o Lux Frágil vê-se obrigado a reinventar-se, invertendo o relógio dos visitantes. Assim, larga as noites e abraça a manhã neste sábado de confinamento numa festa onde, além de castanhas, “há resistência”. Das 10h às 13h.

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Luísa Ferreira

Este sábado, a discoteca lisboeta Lux Frágil adapta-se ao recolher obrigatório às 13h, abrindo portas aos madrugadores com o DJ Rui Vargas e com uma performance da artista iraniana Sorour Darabi

A pandemia impôs mudanças em diversos sectores e, com o confinamento e com a limitação de um número máximo de cinco pessoas por grupo, os estabelecimentos vêem-se obrigados a reinventar-se — e o Lux Frágil é um deles. A festa vai ter lugar no terraço e, embora seja de entrada livre, está limitada à lotação do espaço. A actuação de Rui Vargas arranca às 10h e termina à hora prevista para o recolher obrigatório: as 13 horas. 

Já no piso 0, Sorour Darabi vai trazer para o palco a resistência com um monólogo, de poucas palavras, onde a identidade de género é debatida através do movimento. A actuação da artista iraniana integra-se no Alkantara Festival e está prevista para as 11 h. 

A discoteca anunciou esta abertura, em tom de reivindicação, nas redes sociais, com uma imagem onde se lê “caracóis castanhas, haja paciência resistência”. Uma referência a uma publicação anterior: a 30 de Julho, em reacção às medidas governamentais que permitiam aos bares e discotecas continuar a funcionar desde que seguissem as regras aplicadas aos cafés e pastelarias, a discoteca partilhou, com humor, a frase “Há caracóis”. 

Texto editado por Amanda Ribeiro

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