Madrid quer testar toda a gente até ao Natal. França diz que vacina gratuita chega em Janeiro

O ministro da Saúde francês acredita que a Pfizer e a BioNTech vão transmitir todos os dados sobre a possível vacina “até daqui a três semanas”. A Bélgica também anunciou que a vacina será gratuita para grande parte da população.

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Os resultados preliminares da vacina da Pfizer revelaram uma eficácia de 90% Reuters/PFIZER

O governo regional de Madrid pediu ao executivo espanhol que autorizasse testes de antigénio (os testes com resultados rápidos) nas farmácias da região, com o objectivo de testar em massa toda a população da comunidade autónoma antes do Natal. A informação foi divulgada esta terça-feira numa entrevista à televisão La Sexta pelo vice-presidente da comunidade, Ignacio Aguado.

“Temos muito em jogo neste Natal. Estamos a entrar no Inverno. O compromisso deve ser o de baixar a curva e evitar a perda de postos de trabalho. Estamos a alcançar este objectivo pouco a pouco. Os testes de antigénios são uma das medidas que estão a funcionar. Queremos que o governo nos autorize a fazer testes em farmácias”, disse Aguado na entrevista.

Para o vice-presidente na região não há “tempo a perder”. “Penso que é uma mensagem de tranquilidade para o povo de Madrid quando se trata de jantares de Natal”, disse, acrescentado que “a ideia está em cima da mesa” e que esperam a autorização do governo nacional para a executar. 

Vacina vai ser gratuita em França

O ministro da Saúde de França, Olivier Véran, disse nesta terça-feira que se a vacina da Pfizer contra o coronavírus for eficaz e segura, a vacinação no país será gratuita e deverá começar no início do próximo ano.

“Se forem validadas, teremos as primeiras vacinas no início do ano”, explicou Véran, em entrevista ao canal BFMTV, acrescentando estar confiante de que a Pfizer e a sua parceira BioNTech transmitirão às agências de saúde todos os dados experimentais “até daqui a três semanas”, para serem examinados.

O ministro também lembrou que a Comissão Europeia já fez uma pré-encomenda, que implica o equivalente a cerca de 30 milhões de doses para a França e que a administração das vacinas será gratuita, assim como os testes de detecção de covid-19.

Olivier Véran escusou-se a avançar com datas para a reabertura do comércio e a comentar informações divulgadas por alguns meios de comunicação, que indicam que o Governo está a ponderar a hipótese de manter os bares e restaurantes fechados até meados de Janeiro. “Queremos reabrir as lojas em boas condições para não termos de as fechar novamente”, disse, recusando repetidamente apontar datas concretas.

O ministro da Agricultura, Julien Denormandie, avançou, entretanto, em entrevista à rádio RMC, que vai ser autorizada a venda de árvores de Natal, mas apenas em espaços exteriores, a partir da próxima sexta-feira.

França está em regime de confinamento parcial desde 30 de Outubro, devendo a condição durar até, pelo menos, 1 de Dezembro, mas o Governo já avisou que algumas restrições se manterão além dessa data, continuando a ser obrigatório utilizar documentos de autorização para fazer viagens e mantendo-se o encerramento de bares e restaurantes.

O país contabiliza cerca de 45 mil mortos devido à covid-19 desde o início da pandemia e, apesar dos indicadores da disseminação do vírus estarem a melhorar no país, o primeiro-ministro indicou a vários líderes religiosos na segunda-feira que as celebrações religiosas só devem voltar a ser autorizadas a partir de 1 de Dezembro.

Bélgica quer vacinar 70% da população

O Governo belga anunciou na segunda-feira que tenciona disponibilizar a vacina contra a covid-19 para cerca de 70% da população (cerca de oito milhões de pessoas), sem qualquer custo, assim que as doses estejam disponíveis.

“Esta vacinação é tão importante para todos que vamos tornar a vacina gratuita. Vai ser reembolsada a 100%”, disse o ministro da Saúde, Frank Vandenbroucke. “Isto vai custar caro, mas é um investimento ultra-importante, tanto para a nossa saúde pública como para a nossa economia”, cita a RTBF. A vacinação não vai ser obrigatória, acrescentou, mas voluntária.

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