“Estamos agora num crescimento que começou por ser progressivo e que nos levou a decretar o estado de contingência em meados de Setembro e, há cerca de 15 dias o estado de calamidade. Esta subida conduzir-nos-á a uma situação insustentável do SNS”, diz o primeiro-ministro, que aproveita para mostrar um gráfico que assinala a queda abrupta no volume de negócios do comércio na sequência do confinamento de Março e a consequente retoma desde Maio.

“O desconfinamento permitiu a evolução da economia”, refere António Costa que refere ainda os custos afectivos e sociais do estado de emergência. De acordo com o primeiro-ministro, “96,6% dos infectados podem ficar em casa sem internamento, 2,9% estão internados e 0,5% estão em Unidades de Cuidados Intensivos, isto significa maior pressão sobre a capacidade de resposta do SNS”.

País aumentou a capacidade de testagem e do SNS

Os testes rápidos, em colaboração com a Cruz Vermelha, começarão a ser usados a 9 de Novembro. Ainda segundo António Costa, a capacidade de testagem tem vindo a subir de 2558 em Março para uma média diária de mais de 24 mil (o recorde foram 32.717 em 20 de Outubro). 

O primeiro-ministro voltou também a apelar à instalação da aplicação StayAway Covid para “poupar profissionais de saúde. 

Também o SNS foi reforçado, por exemplo, a Linha Saúde 24, que em Março atendia 3500 chamadas e agora tem capacidade de responder a 31 mil.

Os cuidados intensivos vão ser mais reforçados com mais 202 camas e vão ser contratados mais 350 enfermeiros para estas unidades. O primeiro-ministro avançou que o reforço será dividido em três: agora com 52 camas, 50 até ao final de Dezembro e as restantes 100 em Janeiro de 2021. Além deste reforço, há actualmente uma reserva de 70 camas nestas unidades para doentes com covid-19 (há actualmente 286 doentes em UCI).

Portugal teve primeiro travão em Março

O país entrou em estado de emergência a 19 de Março que apenas foi levantado a 2 de Maio.

Portugal contou, este sábado, mais 2831 recuperados e tem 58.492 casos activos de infecção pelo novo coronavírus, mais 1137 do que na sexta-feira. Estão internadas 1972 pessoas, das quais 286 nos cuidados intensivos.

Desde o início da pandemia, já se confirmaram 141.270 casos e morreram 2507 pessoas. Actualmente, Portugal tem mais de 58 mil casos de covid-19 activos, sendo a região do Norte e da Grande Lisboa as mais afectadas.

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