Sindika Dokolo, as três faces da mesma moeda

Para uns, era o marido de Isabel dos Santos, filha do então Presidente de Angola. Para outros, sempre foi o filho de um banqueiro congolês criado entre a Bélgica e França que mantinha a sua influência na RD Congo. Outros ainda viam-no como o maior coleccionador de arte africana que se empenhou na causa da devolução a África da arte roubada pelas potências coloniais.

Foto
Sindika Dokolo fotografado entre duas obras da sua colecção de arte africana contemporânea Maria João Gala

O homem bem-parecido e elegante que desempenhou sempre em Angola o papel secundário para a mulher, a empresária Isabel dos Santos, buscando para si apenas o protagonismo no mundo das artes africanas, quer como coleccionador, o maior de arte contemporânea africana, diz-se, quer como activista na defesa da devolução das obras que as potências colonizadoras roubaram a África, morreu esta quinta-feira num acidente de mergulho, ao largo da costa do Dubai, onde o casal residia depois das denúncias feitas pelos Luanda Leaks que redundaram em investigações judiciais, arresto de bens e congelamento de contas.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção