Covid: vacina de Oxford produziu resposta imunitária em pessoas mais velhas

Novos resultados da vacina para o novo coronavírus ainda terão de ser publicados numa revista científica, para discussão pública entre os investigadores.

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Ensaio clínico da vacina da covid-19 na África do Sul Amanda Perobelli/Reuters

A vacina experimental para o novo coronavírus que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca produziu uma resposta imunitária robusta em pessoas mais velhas — aquelas em maior risco —, de acordo com uma notícia do jornal Financial Times. Estes resultados deverão ser publicados em breve numa revista científica, refere ainda o jornal.

Esta vacina estimulou a produção de anticorpos e de linfócitos T em pessoas com mais idade, diz o Financial Times, citando duas pessoas próximas da investigação. Estes resultados estão em linha com a informação divulgada em Julho de que a vacina fora considerada “segura” e que produziu uma resposta imunitária. Era ainda referido que a vacina teve “efeitos secundários reduzidos” e que “não houve efeitos nocivos graves resultantes da vacina”.

Ainda assim, os testes da vacina tiveram de ser suspensos em Setembro depois de um voluntário ter tido uma reacção adversa grave. Os ensaios clínicos foram retomados poucos dias depois.

Esta é uma das vacinas que surgem na frente da corrida para encontrar uma vacina viável para combater a infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2. A equipa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, foi uma das primeiras a iniciarem ensaios clínicos em humanos.

A vacina da Universidade de Oxford é feita com vectores virais: servem-se de um vírus modificado (um adenovírus de chimpanzés que não se replica) que entrega nas células humanas um fragmento do próprio material genético, levando-as a produzir uma proteína que imita a do SARS-CoV-2. Desta forma, o organismo humano é enganado, pensando que está perante o próprio vírus, e desencadeia uma resposta imunitária específica para este agente infeccioso.

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