Covid-19: Presépio ao Vivo de Priscos cancelado “com grande tristeza”

Evento é a maior encenação ao vivo da cena da natalidade bíblica na Europa.

Foto
Púlico/arquivo

A décima quinta edição do Presépio ao Vivo de Priscos, em Braga, foi cancelada “com grande tristeza” mas “com sentido de responsabilidade” perante o cenário de perigo de contágio pelo novo coronavírus, confirmou hoje à Lusa o dinamizador do projecto.

Segundo o padre da freguesia de Priscos, João Torres, a decisão foi tomada depois de consultar os figurantes e de “exploradas todas as opções para a realização do Presépio ao Vivo de Priscos em segurança este ano”.

“Acabámos por descobrir que o melhor caminho a seguir é o de adiar para 2021. É com muita tristeza, mas também com grande sentido de responsabilidade que perante o cenário de perigo de contágio pela covid-19, e assumindo o risco que pode constituir a realização de um evento como o Presépio ao Vivo de Priscos”, optou-se pelo cancelamento do evento, lê-se num comunicado enviado à Lusa.

Segundo a organização, “a prioridade é a protecção da saúde pública” pelo que “todas as sessões previstas no âmbito desta décima quinta edição ficam sem efeito”.

“Prevalece a cautela anti-covid. Seria impossível garantir o cumprimento das medidas preventivas no decorrer da iniciativa, a partir da entrada, e o distanciamento social em cada cenário, porque os envolvidos são realmente muitos, mais de 600 figurantes e entre 100 mil a 144 mil visitantes”, justiça a organização.

A comissão de organização refere que “o Natal sem presépio não tem o mesmo sabor porque a beleza do Natal em Priscos é ter dez mil rostos estranhos nas ruas da aldeia, em cada sessão, que graças à magia do Natal são todos irmãos”.

“Não queremos que a nossa mensagem de vida, esperança, salvação e amor se transforme em dor, lágrimas e cinzas. E é precisamente por este espírito, pela vontade de celebrar a vida e pela alegria de estarmos juntos que queremos proteger a saúde de todos, adiando o nosso encontro para o próximo ano”, disse à Lusa João Torres.

Sugerir correcção