A pop global está toda nos Gorillaz

Song Machine não alcança níveis de brilhantismo. Mas é um espantoso compêndio das mais variadas formas que a música pop assume hoje.

Foto
Danon Albarn dá uma aula dedicada a mostrar como a colisão entre passado e presente é arma da pop global de hoje

Há dois anos, quando nestas páginas nos debruçámos sobre The Now Now, recordávamos o quanto esse álbum parecia responder às críticas que se tinham abatido sobre o anterior Humanz (2017). Ou seja, se Humanz tinha sido recebido com uma dose de pancadaria verbal capaz de lhe colar uma imagem de álbum maltratado e cheio de hematomas, sobretudo devido à salganhada de músicos que Damon Albarn convocava para a sua rebaldaria criativa, havia em The Now Now uma óbvia leitura de disco a solo do homem dos Blur, assumindo os Gorillaz como uma máscara que lhe permitia fazer a música que lhe apetecesse em cada momento, sem ter de se comprometer em excesso. Ninguém ignora que a soma da música de Albarn aos desenhos de Jamie Hewlett faz os Gorillaz, mas essa verdade foi-se tornando cada vez mais óbvia à medida que os parceiros iniciais (Miho Hatori, Del the Funky Homosapien e Dan the Automator) foram tombando pelo caminho.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar