Covid-19: internamentos continuam a aumentar, mas ainda longe dos picos de Abril

Nos últimos sete dias, com uma média de 890 doentes com covid-19 internados, Portugal aproximou-se do número de hospitalizados de Abril. Apesar da subida, ainda está longe da média verificada na semana mais crítica (15 a 21 de Abril), em que a média se fixou nos 1237 internados.

Portugal tem neste momento internadas 993 pessoas devido à covid-19, o número mais alto desde 27 de Abril, quando havia 995, com o boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quinta-feira a dar conta de mais 36 internamentos.

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Há mais quatro doentes nos cuidados intensivos (UCI), para um total de 139. Já este número é o mais alto desde 2 de Maio, quando havia 150 infectados em situação crítica, e está ainda longe dos 271 doentes que chegaram a estar em UCI, a 7 de Abril.

Ao contrário do que agora se verifica – ​este é o quarto dia consecutivo com um saldo de 30 ou mais novos internados –, a 27 de Abril já se verificava uma tendência decrescente nas hospitalizações: este número desceu então pelo 11º dia consecutivo, depois de se ter registado, a 16 de Abril, o número mais elevado de infectados internados em Portugal (1302).

A tendência crescente no número de hospitalizações, que tem levado a uma ocupação significativa das camas destinadas a covid-19 e ao cancelamento de cirurgias programadas em alguns hospitais, está ainda longe das semanas mais críticas da primeira vaga. De 9 de Outubro até esta quinta-feira, há mais 192 internados por infecção pelo novo coronavírus (aumento de 19%), uma média de cerca de 27 por dia. Na semana de 1 a 7 de Abril, a pior em termos de hospitalizações, houve um aumento de 553 internamentos, um ritmo médio de 79 por dia.

Já nos cuidados intensivos, o pior período foi registado na semana anterior, de 25 a 31 de Maio, com 140 doentes a dar entrada em UCI, uma média de 20 por dia – um aumento de 48 para 188 infectados nestas unidades.​ Nestes últimos sete dias, houve um saldo de apenas mais 12 doentes a necessitar de cuidados intensivos (cerca de três por dia), para o total actual de 139.

Novo máximo diário: 2101 casos

O país registou esta quinta-feira 2101 novos casos, um novo máximo diário de casos. Este valor é superior às 2072 infecções identificadas na quarta-feira, quando o país ultrapassou pela primeira vez os 2000 novos casos. Desde o início da pandemia, já foram detectados 93.294 casos de infecção. O número de vítimas mortais subiu para 2128, com 11 mortes nas últimas 24 horas.

Há mais 588 pessoas recuperadas, aumentando assim o total de recuperações para 55.081. Excluindo estes casos e os óbitos, há 36.085 casos activos em Portugal, mais 1502 do que no dia anterior.

A maior parte dos novos casos detectados nas últimas 24 horas foram na região Norte (54,5%), com mais 1146 infecções. Na região de Lisboa e Vale do Tejo, foram identificados mais 733 casos (34,9%). Juntas, estas duas regiões somam 89% dos casos registados este sábado (1879).

Sete das 11 mortes confirmadas aconteceram na região de Lisboa e Vale do Tejo (867 mortes e 45.521 novos casos) com as outras quatro a serem igualmente distribuídas pela região Norte (máximo nacional de 934 mortes em 35.807 casos confirmados) e Centro, que somou ainda 163 novas infecções (275 mortes e 7511 casos).

O Alentejo tem 40 novos casos notificados (26 mortes e 1764 casos), seguido do Algarve, com 13 (21 mortes e 2080 casos). A Madeira detectou mais cinco casos (305 casos, sem mortes) e os Açores um (15 mortes e 306 casos).

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