Porto: Aviz terá parque de estacionamento com 179 lugares

Parque subterrâneo quer retirar automóveis da superfície numa zona com escassa resposta de estacionamento. Construção de parque de no largo de Cadouços, na Foz, poderá motivar concurso público conjunto com a exploração do parque dos Poveiros

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Parque subterrâneo quer libertar rua dos carros Adriano Miranda

A Câmara do Porto já adjudicou o duplo concurso público para a construção, exploração e manutenção de um parque de estacionamento subterrâneo no Aviz, na União de freguesias de Aldoar, Foz e Nevogilde, e a exploração do parque de estacionamento da praça D. João I. A experiência de juntar as duas respostas foi positiva e a autarquia está mesmo a estudar repeti-la com outras duas estruturas, revelou Rui Moreira durante a reunião de câmara desta segunda-feira.

A ideia é que quem ficar com a exploração do parque dos Poveiros fique também responsável pela construção do parque no largo de Cadouços, na Foz. O estudo está neste momento a ser feito pelos serviços municipais. Há muito que o presidente da Câmara do Porto defende a criação deste parque na Foz Velha, apesar de vários moradores já terem mostrado desagrado com essa solução que, no entender deles, poderá descaracterizar e poluir uma zona residencial tranquila.

O novo parque do Aviz terá capacidade para 179 automóveis e 19 postos de carregamento e o vencedor apresentou um projecto onde desenha um parque ligeiramente inclinado. À superfície, haverá apenas uma rampa de acesso e tudo o resto será preenchido com uma zona verde, desaparecendo a mancha de veículos que por ali são frequentes.

Para Odete Patrício, do Partido Socialista, a solução peca apenas por defeito. “Há muita concentração e dificuldade de estacionar naquela zona”, apontou, pedindo um parque com maior dimensão. Rui Moreira argumentou que a capacidade de solo foi esgotada e que não havia autorização para cavar mais profundamente na zona, não fazendo sentido uma solução construída à superfície.

Quanto ao parque de D. João I, com 380 lugares e que será concessionado por 20 anos, a vereadora socialista lamentou que as tarifas se mantivessem elevadas, algo que, na sua opinião, não encoraja os cidadãos a preferir essa solução em detrimento da rua. Rui Moreira disse ser uma escolha política: “Pretendemos que seja um parque de elevada rotação e não de longa duração”, apontou. Por discordar da privatização do estacionamento, tanto na construção como na exploração dos parques, a CDU votou contra a solução do executivo. 

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