Paleontólogos descobrem em Oleiros fósseis nunca antes identificados em Portugal

Projecto de investigação em curso no território do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO levou à identificação de fósseis marinhos com uma idade aproximada compreendida entre os 467 e os 444 milhões de anos.

Foto
Imagem retirada do site da câmara municipal de Oleiros DR

Uma equipa coordenada pela paleontóloga Sofia Pereira, da Universidade de Coimbra, descobriu e identificou diversos fósseis marinhos, incluindo fósseis de braquiópodes nunca antes identificados em Portugal, no concelho de Oleiros, foi anunciado esta segunda-feira.

“Os últimos trabalhos de campo realizados entre os dias 4 e 7 de Outubro levaram à redescoberta de antigas jazidas de fósseis assim como à descoberta de novos sítios paleontológicos, incluindo fósseis de braquiópodes nunca antes identificados em Portugal”, explica Jorge Colmenar, especialista espanhol a trabalhar na Universidade de Ghent, na Bélgica, citado num comunicado da Naturtejo.

O projecto de investigação em curso no território do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO, coordenado pela paleontóloga Sofia Pereira, da Universidade de Coimbra, levou à identificação de abundantes fósseis marinhos com uma idade aproximada compreendida entre os 467 e os 444 milhões de anos, correspondendo ao período Ordovícico Médio a Superior.

Já o coordenador científico do Geopark Naturtejo, Carlos Neto de Carvalho, que participa na investigação, identifica a ocorrência de faunas onde abundam diferentes espécies de trilobites e de minúsculos crustáceos ostracodes, braquiópodes, bivalves, equinodermes, briozoários, entre muitos outros.

Outras áreas que se revelaram ricas em fósseis destas idades incluem o Monumento Natural das Portas de Ródão, a Serra do Perdigão, a Herdade de Vale Feitoso e as Portas do Muradal, nas proximidades de Vilar Barroco.

Os primeiros resultados deste projecto serão publicados no princípio de 2021 em volume especial da revista Geoconservation Research dedicado aos fósseis dos geoparques europeus da UNESCO.

Sugerir correcção