Nas páginas deste Bestiário, andam à solta os nossos monstros e os dos outros

Projecto que abraça com desmedida generosidade as artes literárias e as artes visuais, Bestiário chega ao seu segundo número, abrindo a porta ao monstro, nas suas mais diversas composições, formas, corpos e tamanhos. Numa torrente inesgotável e fascinante de textos e imagens, este objecto que é um livro e uma revista, troça, com uma intempestiva elegância, da normalização geral do mundo, afirmando, sem programas, a dignidade das subjectividades radicais. Isto é, de todos aqueles escapam ao mundo como este se tornou.

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Depois do pegar no nojo, o Bestiário visitou o monstro. A editora que é uma revista e que é um livro, projecto e gesto, de auto-edição e auto-publicação, voltou a libertar uma galeria desmedida de coisas. De monstros, na cidade, na cultura, na literatura, no corpo. Monstros que se aceitam e se combatem, porque citando a citação de Blaise Cendrars que abre este número “Rien n’y est monstrueux, ni contrenature”. Isto é, o monstro é aqui o (ser) humano, nas suas mais diversas acepções, formas, mutações.

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