CDS não prevê “nenhuma boa surpresa” do Orçamento

Deputada Cecília Meireles pede medidas fiscais ou a fundo perdido que sejam transversais a todas as empresas.

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Cecília Meireles, deputada do CDS rui gaudencio

A deputada do CDS Cecília Meireles diz que não prevê “nenhuma boa surpresa” do Orçamento do Estado para 2021 e juntou-se ao PSD nas críticas que fez ao facto de Orçamento estar mais virado para o sector público, em detrimento do privado. 

“O Governo escolheu negociar à esquerda”, disse a deputada aos jornalistas no final de encontro em que o Governo apresentou as linhas gerais do OE, acrescentando que este é “um orçamento que dá muito menos importância à iniciativa privada do que à Função Pública e ao investimento público e que acha que o motor da economia é o Estado e o investimento público”. “Quem fica esquecido neste Orçamento é precisamente o Estado e as empresas e os seus trabalhadores”, diz a parlamentar.

“Era importante que houvesse medidas, designadamente medidas fiscais ou a fundo perdido que fossem transversais a todas as empresas e não é isso que está previsto. Está previsto medidas fiscais cirúrgicas ou a continuação da política das linhas de crédito”, adiantou Cecília Meireles. 

A deputada centrista confirmou os números avançados pela RTP, que apontam para um défice entre 7 e 7,5% este ano e de 4% no próximo, mas defendeu em cenário de pandemia “não é o mais importante”, mas sim as reformas de fundo.

O Governo está a apresentar esta terça-feira as linhas gerais do Orçamento do Estado aos partidos da oposição. De manhã, os encontros agendados são com o PSDBE, PCP, CDS, PAN, Verdes. À tarde estão presentes Chega, IL e as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues.

O OE 2021 vai ser votado na generalidade no dia 28 de Outubro, com a votação final global prevista para 27 de Novembro.

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