Deputada socialista Isabel Moreira anuncia voto em João Ferreira

A deputada lamentou que o PS não tenha apresentado um candidato oficial e enalteceu a importância do Partido Comunista Português na democracia.

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Deputada socialista criticou o executivo de António Costa em Junho por não respeitar o Parlamento Nuno Ferreira Santos

A deputada socialista Isabel Moreira declarou a sua intenção de votar em João Ferreira nas eleições presidenciais. O PCP anunciou neste sábado a candidatura do eurodeputado às eleições e Isabel Moreira admitiu no Facebook que iria votar no candidato comunista “em nome de uma democracia não populista”.

“Gosto muito do João Ferreira. Acho que é um democrata. Avesso a populismos, que traz exactamente aquilo que quero que seja marcado nesta campanha, que tanto promete nessa matéria. Por tudo isto e por muito mais, vou votar no João Ferreira, em nome de uma democracia não populista. Em nome do Estado de direito”, disse a deputada.

Isabel Moreira também lamentou o facto de o Partido Socialista não ter um candidato oficial, algo que considera “um erro”. “Lemos as notícias e parece que se esquece que a maioria eleitoral é de esquerda. O PS não tem candidato oficial. Mais uma vez, parece-me um erro. Mas aqui estamos. Livres para escolher.”

Isabel Moreira tem pautado recentemente o seu tempo na Assembleia da República com uma divergência da bancada socialista. Em Junho, a deputada, especialista em Direito Constitucional, teceu duras críticas ao Governo de António Costa e acusou o executivo de violar a Constituição e de não ouvir o Parlamento.

Este sábado, a deputada usou o Facebook para atirar uma nova farpa ao PS, anunciado o seu voto em João Ferreira, eurodeputado comunista e o escolhido pelo Comité Central do PCP para tentar ocupar o lugar no Palácio de Belém de Marcelo Rebelo de Sousa.

A deputada também aproveitou o espaço no Facebook para enaltecer o papel do PCP na democracia – deixando claro que não era comunista – e agradeceu ao Partido Comunista por evitar “o sonho dos inimigos da democracia, desde os movimentos inorgânicos, à extrema-direita que agora faz tantas horas da comunicação social”.

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