Beverley Ditsie levou as cores do arco-íris a África — e fez história sem saber

Descobriu-se nas brechas que a mãe abria no apartheid na África do Sul, coloriu as ruas e os palcos quando ainda ninguém “conhecia outra forma de ser”. O tempo voou e Beverley Ditsie percebeu que não havia volta a dar. “Este foi o caminho traçado para mim, senão estaria morta.” Aos 49 anos, a sua luta está longe de terminar. “A escravidão mental continua a existir. E mal falamos dela.”

Foto
Ditise na marcha do Orgulho LGBTI+, Johannesburg, 1994 Rose Pereira Collection, GALA Queer Archive, Johannesburg, South África

Beverley Ditsie nunca soube que iria fazer história. Não o sabia quando, em 1990, organizou, com os seus amigos, a primeira Marcha do Orgulho LGBTI+ em África, nem mesmo quando, cinco anos depois, foi a primeira pessoa que ousou discursar sobre os direitos das mulheres lésbicas num palco da Organização das Nações Unidas. E tudo isto era apenas um “sinal do que ainda estava por vir”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar