Festival Fuso premeia vídeo de realizador guineense Welket Bungué

Júri destacou o vídeo de sete minutos pela “qualidade poética marcadamente crua” com que aborda o tema da edição deste ano, “Diversidade. Adversidade”.

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Bungué em Fevereiro de 2020 na 70.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim LUSA/RONALD WITTEK

O vídeo Metalheart, do realizador e actor de origem guineense Welket Bungué, é o vencedor da edição deste ano do festival de videoarte Fuso. Segundo o júri, presidido por Margarida Chantre, do MAAT, o filme destaca-se pelo “despojamento” da “abordagem visual e sonora” e pela “qualidade poética marcadamente crua” com que aborda o tema da edição deste ano, “Diversidade. Adversidade”.

Em Metalheart, Bungué, de 32 anos, regista em sete minutos o trabalho de uma escavadora numa doca no Mindelo, em Cabo Verde. O artista vai receber o Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT, no valor de 2500 euros.

O júri da 12.ª edição do Festival Fuso distinguiu ainda com uma Menção Honrosa a obra Hello Tomorrow, do fotógrafo português Nuno Cera, pela “narrativa visual intimista e fluida que o vídeo constrói sobre a interrogação do tempo do futuro”. O vídeo foi feito a partir de casa do autor, no centro histórico de Lisboa.

O Prémio Incentivo Restart, que resulta da votação do público, foi atribuído ao vídeo Letters to Nowhere, da realizadora e directora de fotografia indiana Kopal Joshy, que vai receber meios técnicos no montante de 1500 euros.

Este ano, o Festival Fuso, que habitualmente decorre em espaços ao ar livre, exibiu os vídeos na Internet, entre quinta-feira e sábado, devido aos constrangimentos causados pela pandemia. Os premiados foram escolhidos dentre 17 obras de artistas nacionais e estrangeiros residentes em Portugal, que foram pré-seleccionadas de um total de 176 candidaturas.

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